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Missão de observadores é prova de fogo para Síria, dizem EUA
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Os Estados Unidos advertiram nesta segunda-feira ao ditador da Síria, Bashar al Assad, dizendo que a missão de observadores da ONU (Organização das Nações Unidas) é "uma prova de fogo" para o regime. Sete monitores já percorrem o país e a equipe receberá mais 300 membros nas próximas semanas.
"Esperamos que os observadores tenham plena liberdade de movimento e acesso completo àqueles lugares da Síria que consideram ser importantes para controlar, além de liberdade para se comunicar e escolher seu pessoal", afirmou a porta-voz do Departamento de Estado americano, Victoria Nuland.
A representante afirma que a interferência do regime na escolha dos observadores é motivo de preocupação para os Estados Unidos. "A Síria não é quem deve decidir os observadores da ONU para essa missão".
Nuland afirmou também que os Estados Unidos pedem a continuação da pressão internacional sobre o regime sírio e que, caso as medidas não funcionem, "voltaremos ao Conselho de Segurança da ONU e buscaremos outras formas de aumentar a pressão".
No sábado (21), o Conselho de Segurança da ONU aprovou o envio de mais 300 observadores à Síria, que viajarão a Damasco após a permissão do secretário-geral da organização, Ban ki-moon. A missão faz parte do plano de paz do enviado especial à Síria, Kofi Annan, que fixou o cessar fogo no país, em vigor desde o dia 12.
CONFRONTOS
O cessar fogo, que inclui também a retirada da artilharia militar de cidades e povoados, é quebrado diariamente por governo e oposição. De acordo com o gripo opositor Comitês de Coordenação Local, pelo menos 60 pessoas morreram na Síria nesta segunda, 37 delas em Hama.
Os ativistas afirmam que a cidade, no centro do país, é alvo de intensos bombardeios, que acontece um dia após a visita dos observadores da ONU. Além das explosões, ainda foram registrados mortos por disparos de forças de segurança do regime.
Outros óbitos foram registrados em Idlib, no norte do país, onde 17 pessoas perderam a vida em disparos feitos por um tanque, e em Duma, na periferia de Damasco.
Nos 13 meses do conflito entre opositores e forças do regime, pelo menos 10 mil pessoas morreram, de acordo com a ONU. Outros 60 mil se refugiaram em países vizinhos, como Líbano, Turquia e Jordânia, onde 68 sírios chegaram feridos nos últimos dois dias, segundo ativistas.
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