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16/05/2012 - 05h50

Tribunal Internacional começa a julgar ex-chefe militar sérvio

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DA EFE

O Tribunal Penal Internacional para a ex-Iugoslávia (TPIY) iniciou nesta quarta-feira (16) em Haia, na Holanda, o julgamento do ex-chefe militar dos sérvios da Bósnia, Ratko Mladic, acusado de crimes de guerra e lesa-humanidade, entre eles genocídio, perpetrados durante a guerra da Bósnia (1992-95).

O TPII manteve a data da abertura do julgamento após rejeitar a solicitação da defesa de Mladic para afastar, por suposta falta de imparcialidade, o juiz que preside o caso, o holandês Alphons Orie.

Toussaint Kluiters/EFE
 Ex-chefe militar Ratko Mladic é acusado do genocídio de quase 8 mil homens muçulmanos
Ex-chefe militar Ratko Mladic é acusado do genocídio de quase 8 mil homens muçulmanos

Mladic compareceu ao tribunal sem seu característico boné e com bom aspecto físico.

A Promotoria, que no total conta com 200 horas para o julgamento, exporá entre hoje e amanhã suas alegações iniciais, enquanto os advogados de Mladic farão o mesmo assim que os promotores acabarem de apresentar as provas e chamar as testemunhas.

O início do julgamento acontece um ano depois da detenção de Mladic e 17 anos depois de o tribunal ter publicado a primeira acusação contra o ex-general.

Os promotores apresentarão durante o julgamento as versões de 411 testemunhas, sete das quais irão dar suas declarações no próprio tribunal.

Conhecido como o "Açougueiro dos Bálcãs", Mladic, de 70 anos, é acusado do genocídio de quase 8 mil homens muçulmanos no enclave de Srebrenica em 1995.

A guerra da Bósnia (1992-1995) deixou 100 mil mortos e 2,2 milhões de desalojados.

PRISÃO

Chefe do Estado-Maior do Exército da República Sérvia da Bósnia-Herzegovina (VRS) de 1992 a 1996, do qual era o oficial de mais alta patente, Ratko Mladic, foi preso no dia 26 de maio de 2011 em Lazarevo, a 80 quilômetros a nordeste de Belgrado, onde vivia modestamente na casa de um primo.

Clandestino desde a queda, em 2000, do presidente iugoslavo Slobodan Milosevic, que morreu durante seu processo em Haia em 2006, Ratko Mladic se rendeu sem resistir depois de ter conseguido evitar a justiça internacional durante dezesseis anos.

Em seu primeiro comparecimento ao TPIY dia 3 de junho de 2011, os juízes se depararam com um homem desgastado e enfraquecido, muito diferente do general que desfilava em 1995 pelo enclave de Srebrenica, no leste da Bósnia.

 

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