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Corrida eleitoral grega mostra empate apertado
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DA REUTERS
Uma enxurrada de pesquisas de opinião mostrou no sábado que a corrida para liderar a Grécia está em empate apertado para a eleição do mês que vem, que pode determinar se o país continuará a fazer parte da zona do euro.
A Grécia foi forçada a convocar uma nova eleição no dia 17 de junho depois que uma eleição parlamentar no dia 6 de maio deixou o parlamento dividido igualmente entre os grupos que apoiam e se opõem às políticas de austeridade associadas a um fundo de resgate de 130 bilhões de euros, acordado com os credores em março deste ano.
O fracasso dos dois partidos que dominaram a Grécia durante décadas em conseguir ganhar uma maioria pró-resgate e o sucesso do grupo radical de esquerda - partido Syriza, que é contra o resgate e ficou em segundo lugar na eleição -, sacudiu a Europa.
A esmagadora maioria dos gregos quer manter o euro, mas se opõe às condições de austeridade acordadas com a União Europeia e o FMI. Se a Grécia desistir do resgate, os líderes da União Europeia dizem que vão retirar o apoio, o que vai levar o país rapidamente à falência e a uma saída do grupo de moeda única.
Líderes dos países do G-8 apoiaram a continuidade da Grécia no euro no sábado, mas sinalizaram que ela deve manter os termos acordados para o resgate. "Reafirmamos nosso interesse para que a Grécia permaneça na zona do euro enquanto ela respeitar seus compromissos", disseram em um comunicado depois da cúpula em Camp David.
Das quatro pesquisas divulgadas no sábado, duas colocaram o Syriza na frente e duas mostraram o partido conservador Nova Democracia na liderança. Três das quatro pesquisas mostraram uma diferença de menos de 1,7% de diferença de eleitores, separando os dois partidos.
As regras eleitorais da Grécia dão ao partido que fica em primeiro lugar um bônus automático de 50 assentos no parlamento de 300 lugares, o que significa que mesmo uma diferença mínima pode ter um papel decisivo para determinar como será formado o próximo governo.
Pesquisas realizadas desde o dia 6 de maio têm mostrado que o Syriza e os dois partidos pró-resgate melhoraram seu desempenho às custas dos partidos menores. Isso significa que quem vencer agora ficará numa posição mais forte do que da última vez.
Alexis Tsipras, de 38 anos, líder carismático do Syriza surgiu na campanha eleitoral como uma estrela, catapultando-o para a linha de frente da campanha anti-resgate. Ele atrai principalmente a juventude, num país onde metade dos jovens está desempregada, após cinco anos de recessão.
Ele diz que os líderes europeus estão blefando quando alertam que a Grécia pode ser forçada a sair do grupo de moeda comum, e que os gregos podem exigir condições muito mais favoráveis porque os países da União Europeia estarão desesperados para evitar o custo da quebra do bloco do euro.
O Nova Democracia e os Socialistas vão tentar assustar os eleitores que desertaram os partidos tradicionais para que voltem a evitar uma catástrofe, alegando que a eleição de Tsipras significaria o fim da filiação da Grécia na zona do euro.
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