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Europa se compromete com G20 a buscar união bancária
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DA FRANCE PRESSE, EM LOS CABOS (MÉXICO)
Os membros europeus do G20 se comprometeram nesta terça-feira, na cidade mexicana de Los Cabos, a trabalhar por um sistema bancário integrado ou uma união bancária na Europa.
"Apoiamos a intenção de considerar passos concretos para uma arquitetura financeira mais integrada, que inclua supervisão bancária, recuperação e recapitalização (dos bancos), e seguros de depósito", destaca a declaração conjunta apresentada pelo presidente mexicano, Felipe Calderón, ao final da cúpula do G20.
Os europeus consideram esta medida um avanço muito concreto no momento em que a saúde dos seus bancos preocupa o restante do mundo tanto quanto suas finanças públicas.
Os membros da zona do euro no G20 --Alemanha, França, Itália e Espanha-- irão agora à cúpula dos 27 integrantes da União Europeia, na próxima semana, com o compromisso de abrir caminho para uma nova regulação do sistema bancário, assim como para um esquema de compartilhamento de riscos no setor.
Os Estados Unidos, Fundo Monetério Internacional (FMI) e Banco Central Europeu pediam aos líderes europeus a ampliação da integração bancária na Europa como forma de inspirar confiança nos mercados, que veriam um apoio conjunto com da união do sistema.
Uma união bancária que implique garantias do Bloco aos depósitos e uma autoridade central que monitore os bancos é vista ainda como uma forma de promover um maior fluxo de dinheiro e melhorar a confiança para promover o crédito.
RESISTÊNCIA
A Alemanha resistiu de início a ideia de envolver seu sistema bancário saudável no auxílio a bancos de países que pecaram pela indisciplina fiscal.
Na segunda (18), a chanceler alemã, Angela Merkel, revelou as negociações "sobre uma instituição europeia capaz de desempenhar uma supervisão bancária". "Discutimos também sobre as linhas básicas para ter as mesmas normas sobre garantias de depósito e reestruturação dos bancos".
Para a subsecretária americana do Tesouro, Lael Brainard, este mecanismo "é fundamental para a confiança" no sistema.
O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, disse que o órgão "estará pronto neste outono (boreal) para fazer propostas que complementem e aprofundem o que já foi posto sobre a mesa".
O Instituto de Finanças Internacionais, uma associação global de instituições financeiras, também é favorável a esta ideia, que permitirá "reconstruir a confiança do mercado", segundo carta enviada no dia 14 de junho aos líderes do G20.
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