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20/06/2012 - 18h37

Argentina sofre com falta de combustível por greve de caminhoneiros

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DE SÃO PAULO
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um bloqueio a refinarias feito por caminhoneiros em greve afeta nesta quarta-feira provocaram falta de combustível em diversas cidades da Argentina. Devido ao conflito, a presidente Cristina Fernández de Kirchner antecipou seu retorno a Buenos Aires, após um dia na conferência Rio+20.

Os bloqueios afetam especialmente as refinarias das Províncias de Buenos Aires, Tucumán, Santa Fé, Córdoba e Mendoza, as mais populosas do país. Os jornais "La Nación" e "Clarín" registraram filas de carros em postos de gasolina da capital argentina e na região metropolitana de Buenos Aires, onde já faltam combustíveis.

A presidente da Federação de Empresas de Combustíveis, Rosario Sica, afirmou que a Argentina pode parar em dois dias caso a distribuição de gasolina, óleo diesel e gás liquefeito de petróleo não for normalizada.

O ministro do Interior, Florencio Randazzo, afirmou que estabelecerá sanções caso o governo registre desabastecimento em algumas regiões do país e que, se necessário, recorrerá à Justiça contra a medida. Randazzo qualificou ação como "um ato de irresponsabilidade".

Os motoristas pedem um aumento salarial de 30%. O ministro chamou a greve de "selvagem e sem justificativa", visto que os salários médios do setor chegam a 11 mil pesos (R$ 4.400).

POLÍTICA

O sindicato dos caminhoneiros é controlado pelo diretor da Confederação Geral do Trabalho, Hugo Moyano, uma das principais forças entre os trabalhadores do país. Recentemente, anunciou sua oposição ao governo de Cristina Kirchner, após oito anos de apoio, devido à perda de espaço do grupo no Estado argentino.

A presidente anunciou a volta ao país, após uma semana em missão internacional, para tentar resolver o conflito.

O jornal "Clarín" informou que o governo nacional prepara uma operação de emergência para garantir o abastecimento mesmo com a greve, com escolta da polícia e da Gendarmería (equivalente a Guarda Nacional).

No entanto, o secretário-adjunto do sindicato, Pablo Moyano, filho de Hugo, afirmou que o governo "não pode nem pensar em desalojar" os caminhoneiros, em uma ameaça de conflito. "As pessoas estão muito nervosas. Esperamos uma proposta importante, séria e concreta".

 

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