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30/06/2012 - 19h14

Para brasiguaios, entrada da Venezuela no Mercosul é traição de Dilma

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VITOR SION
EM ASSUNÇÃO

A suspensão do Paraguai e a entrada da Venezuela no Mercosul, aprovadas nesta semana em reunião em Mendoza (Argentina), são consideradas pelos brasiguaios uma "traição" do governo de Dilma Rousseff.

Para eles, mesmo sob a presidência de Federico Franco, o Paraguai apresenta mais caracaterísticas de uma democracia do que o país comandado por Hugo Chávez.

"Eu me sinto traído e decepcionado com o Brasil. A Venezuela não é um país democrático, tanto é que o Hugo Chávez já mudou a Constituição diversas vezes. Aqui, não. Todas as esferas públicas aprovaram o processo de deposição de Fernando Lugo", diz Marcelo Balmelli, que vive em Santa Rosa del Monday, a cerca de 60 quilômetros da tríplice fronteira.

Os brasiguaios também argumentam que a soberania do país foi desrespeitada pelo Brasil com o não reconhecimento de Franco, que tomou posse na sexta-feira (22).

"No começo do ano, nós pedimos ajuda ao consulado brasileiro porque nossas terras estavam sendo invadidas. A resposta que nos deram foi que não era possível intervir em respeito à soberania paraguaia. Por que essa soberania não está valendo agora?", questiona Marcio Giordani, que faz parte da Coordenadoria Agrícola do Paraguai.

Além de considerarem Franco como presidente legítimo, os brasiguaios elogiam a postura do novo governo.

"Nossos representantes já se reuniram com ele. Tentamos fazer reuniões com o Lugo em inúmeras oportunidades, mas ele só recebia camponeses", afirma Giordani.

 

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