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Líder da esquerda pedirá anulação da eleição presidencial no México
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DA EFE, NA CIDADE DO MÉXICO
O líder da esquerda mexicana, Andrés Manuel López Obrador, confirmou hoje que na próxima quinta-feira pedirá à Justiça Eleitoral a anulação do pleito presidencial do dia 1º de julho, ao afirmar que "foram comprados" 5 milhões de votos a favor do PRI, partido vencedor nas urnas.
López Obrador fez o anúncio em entrevista coletiva dada um dia depois da divulgação dos resultados finais, ainda passíveis de impugnações e que deram a vitória ao candidato do PRI, Enrique Peña Nieto (38,21% dos votos), e na qual o aspirante da esquerda ficou em segundo lugar (31,59%).
O candidato da esquerda insistiu que as evidências com as quais conta demonstram que no pleito foram violadas as disposições constitucionais sobre a idoneidade das eleições.
"Do que não temos dúvida é que foram comprados cerca de cinco milhões de votos" a favor do candidato presidencial do Partido Revolucionário Institucional (PRI), Enrique Peña Nieto.
López Obrador disse que primeiro é preciso conhecer os resultados oficiais, e acrescentou que depois há "duas vias, a anulação e a invalidez da eleição". "Vamos apresentar as provas na quinta-feira e definir o tipo de julgamento que será pedido, de invalidez ou anulação", afirmou López Obrador.
O político afirmou que, apesar de mais da metade dos votos depositados nas eleições terem sido recontados, "isso não é suficiente" para garantir a idoneidade do processo eleitoral.
A apuração, disse, foi "muito irregular, com urnas que já estavam abertas, cédulas que chegaram por fora e muitas outras coisas". "Vamos seguir o procedimento legal. Nosso movimento foi, é e continuará a ser pacífico. Não vamos transigir na defesa da democracia", declarou.
PRESIDENTE
O presidente Felipe Calderón também pediu investigação às denúncias de compra de votos e punição aos eventuais envolvidos.
"Essa compra e venda de vontades políticas, seja uma, dez, cem ou mil, é simplesmente inaceitável e espero que a autoridade eleitoral a retifique de imediato e castigue se for necessário", afirmou o atual mandatário, que pertence ao PAN, em entrevista à rádio Núcleo Radio Mil.
Ainda que condene a compra de votos, Calderón acredita que a compra de votos não mudará o resultado da eleição presidencial, mas pensa que as denúncias devem ser apuradas.
"Acho que é um vício da nossa qualidade democrática que deve se corrigir de imediato. São muitas partes do processo que podem e devem ser revisadas".
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