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Hamas pede ao Egito que reabra fronteira com Gaza no Sinai
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DA REUTERS, EM GAZA
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O chefe de governo do Hamas na Faixa de Gaza, Ismail Haniyeh, pediu nesta quinta-feira ao Egito que reabra uma vital passagem fronteiriça que está interditada desde domingo, quando pistoleiros mataram 16 agentes de fronteira na região egípcia do Sinai.
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Haniyeh prometeu auxiliar as investigações do Egito sobre o incidente, que levou à maior mobilização militar egípcia no Sinai em quase 40 anos.
"Ao mesmo tempo, peço ao meu irmão, o presidente egípcio, Mohammed Mursi, que abra a fronteira de Rafah, que retome uma linha vital para Gaza", disse Haniyeh num jantar que encerrava o jejum diário do Ramadã.
"Gaza não pode ser nada além do que uma fonte de estabilidade para o Egito", declarou Haniyeh, acrescentando que os responsáveis pelo ataque no Sinai estavam conspirando para que Israel endureça o bloqueio imposto a Gaza desde que o Hamas assumiu o poder na região, em 2007.
Ninguém assumiu a autoria do atentado de domingo, em que os militantes furtaram dois veículos blindados e tentaram entrar com eles em Israel, que também faz fronteira com o Sinai.
Haniyeh disse que o Egito está impondo uma "punição coletiva" ao fechar a fronteira de Rafah, por ponde geralmente passam cerca de 800 pessoas por dia --único acesso ao restante do mundo para a maioria dos moradores de Gaza.
O governo egípcio disse que os pistoleiros envolvidos no atentado de domingo chegaram de Gaza ao Egito pelos túneis.
Israel diz que grupos jihadistas palestinos estão se infiltrando no Egito e aproveitando o vazio de segurança na região para se aliar a militantes locais com o objetivo de atacar a longa fronteira com Israel, que vai até o mar Vermelho.
TROPAS
Nesta quinta, tropas egípcias avançavam pelo segundo dia em direção ao Sinai para reforçar a segurança em meio à onda de violência iniciada no domingo. Centenas de soldados em carros blindados saíram da cidade para perseguir militantes islâmicos acusados de matar 16 guardas de fronteira egípcios no domingo.
Durante a manhã, um homem armado disparou em direção a uma delegacia de polícia no centro administrativo do Sinai do Norte. O incidente se seguiu a ataques contra postos de controle na cidade.
Israel saudou a ofensiva do Egito ao mesmo tempo em que continuou a expressar preocupações sobre a deterioração da situação no Sinai, que abriga militantes anti-Israel, tribos beduínas revoltadas com negligência do governo egípcio, traficantes de armas e de drogas e simpatizantes da rede al Qaeda.
O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, elogiou o Egito, dizendo que não se lembrava de outra ocasião em que o país tinha agido da mesma forma e com a mesma determinação.
O homem armado em Al Arish fugiu antes que a polícia pudesse responder aos tiros, informou uma fonte de segurança, negando um relato da televisão estatal de que a polícia reagiu.
Centenas de soldados e dezenas de veículos militares chegaram à cidade, disseram fontes de segurança, como parte de uma ofensiva sem precedentes desde a guerra do Egito com Israel, em 1973.
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