Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
09/08/2012 - 19h35

Atirador do Arizona disse que 'falhou' ao não matar deputada

Publicidade

DA REUTERS
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O jovem Jared Loughner, 23, acusado de ser o atirador que matou seis pessoas em Tucson, no Estado do Arizona, em 2011, disse ter "falhado" ao não ter matado a deputada democrata Gabrielle Giffords, que ficou gravemente ferida na ação.

A informação foi revelada nesta quinta-feira por um informe de uma psicóloga que entrevistou o suspeito em uma prisão no Missouri, onde espera o resultado de seu julgamento. O documento foi divulgado dois dias após a Justiça americana considerá-lo capaz de responder pelos crimes a que é atribuído.

U.S. Marshals Service/Reuters
Jared Loughner, 23, assumiu a culpa pelo tiroteio que matou seis pessoas e feriu gravemente uma congressista americana
Jared Loughner, 23, assumiu a culpa pelo tiroteio que matou seis pessoas e feriu gravemente uma congressista americana

A psicóloga Christina Pietz disse que Loughner fez diversos comentários sugerindo que ela morreu quando ele atirou em sua cabeça.

Em um dos momentos, ele percebeu que Giffords estava viva, quando ela pressionou o acusado sobre esse ponto, e ele admitiu ter ficado triste com a sobrevivência, porque isso significava que ele tinha falhado.

"Jared Loughner falhou novamente. Ele é uma falha, então tudo isso não serviu para nada", informa Pietz, atribuindo as declarações ao suposto atirador.

Após descobrir que a deputada tinha sobrevivido, ele insistiu que ela estava morta, o que a psicóloga avalia que é uma tentativa de não reconhecer que tinha falhado. "Na minha opinião, Loughner mantém esta crença de reivindicar a si mesmo e não porque é delirante".

RÉU CONFESSO

Na terça, Pietz disse aos juízes que considerava o jovem mentalmente capaz,o que foi aceito pelos magistrados. Loughner passou um ano sob tratamento psiquiátrico por exigência da Justiça.

No mesmo dia, Loughner confessou o ataque a militantes democratas em um supermercado de Tucson, que deixou seis mortos e feriu Gabrielle Giffords, em 8 de janeiro de 2011. Dentre os mortos, estava um juiz federal e uma menina de 9 anos.

Valentin Flauraud - 25.jul.12/Reuters
Gabrielle Giffords, ex-congressista americana que foi gravamente ferida durante tiroteio em Tucson
Gabrielle Giffords, ex-congressista americana que foi gravamente ferida durante tiroteio em Tucson

Depois de um longo período de recuperação, ela anunciou a sua renúncia do Congresso no final de janeiro.

Em troca da confissão de culpa, Jared Loughner, 23, vai escapar da pena de morte e deverá receber uma pena de prisão perpétua, sem possibilidade de libertação antecipada ou recurso, disse a Promotoria durante a audiência em Tucson.

A advogada de Loughner, Judy Clarke, indicou que seu cliente tinha concordado em se declarar culpado "consciente e por sua própria vontade."

Mark Kelly, marido de Giffords, disse em um comunicado que o casal ficou satisfeito com o acordo entre a Promotoria e a defesa de Loughner.

"A dor e a perda causadas no dia 8 de janeiro de 2011 são incalculáveis. Evitar o julgamento nos permitirá --assim como, esperamos, toda a comunidade do sul do Arizona-- a continuar nossa recuperação e seguir em frente com nossas vidas", disse.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página