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13/08/2012 - 15h32

Rebeldes dizem ter matado 65 membros do regime sírio

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Exército Livre Sírio, principal grupo armado da oposição contra o ditador Bashar Assad, afirmou que matou 65 membros de forças do regime nesta segunda-feira. Os opositores dizem que os mortos são soldados, policiais e integrantes das milícias leais a Assad, as "shabbiha".

O confronto que resultou nas mortes aconteceu na cidade de Tafas, na Província de Deraa, no sul do país. O chefe do ELS na região, Ahmed al Naama, explicou que os rebeldes atacaram com morteiros o posto de Al Sala, destruindo quatro tanques e veículos que levavam os milicianos.

Os rebeldes dizem que o ataque aconteceu no momento em que não havia civis no local. No resto do país, os combates entre soldados do regime e opositores continuam.

Até o momento, o Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado em Londres, anunciou a morte de 39 pessoas, enquanto os Comitês de Coordenação Local relatam 65 óbitos em todo o território do país árabe.

Mais cedo, um caça do Exército sírio caiu em Deir el Ezzor, no leste do país. De acordo com a agência de notícias Sana, o avião teve uma falha mecânica, mas os rebeldes do Exército Livre Sírio dizem que derrubaram o aparelho, que, segundo eles, participava de bombardeios.

A agência de notícias diz que o avião não pôde continuar por causa da avaria, durante "uma missão regular de treinamento". O meio informa que o piloto conseguiu sair do avião a tempo e é buscado pelas forças de segurança do regime de Bashar Assad.

No entanto, o conselheiro de comunicação do comando do Exército Livre Sírio, Fahd al Masril, disse que a aeronave caiu durante um bombardeio à região de Mohassen, em Deir el Ezzor, após os rebeldes abaterem o aparelho, de modelo Mig-21, de fabricação russa.

O representante dos opositores informou que dois pilotos foram identificados, mas não confirmou que os membros do Exército foram capturados. A rede de ativistas Comitês de Coordenação Local também confirmou a ação e disse que outro avião sobrevoava a zona para encontrar os pilotos.

DESERÇÃO

Nesta segunda, um diplomata sírio de baixo escalão designado para a Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra desertou, de acordo com a mídia suíça.

Dany al Ba'aj é listado como terceiro-secretário na missão síria na ONU em Genebra, onde fez parte de sua delegação no Conselho de Direitos Humanos. Ele não discursou ao fórum de 47 membros, que condenou o governo de Assad quatro vezes durante o conflito.

"Eu anunciei a minha demissão na sexta-feira [10] em um site da Síria e informei o encarregado de negócios sírio em Genebra", disse ele segundo a agência de notícias suíça ATS.

"Eu estive em contato com um grupo de oposição por algum tempo. A situação continua a piorar. Eu senti que não podia mais servir o meu país no campo do governo", afirmou ele, acrescentando que não estava pedindo asilo na Suíça, mas seus pais estavam com ele em Genebra.

A deserção de mais alto nível da administração de Assad até agora foi do primeiro-ministro Riyad Hijab, que fugiu com sua família da Síria em 6 de agosto.

Mas o ritmo de deserções públicas tem sido muito mais lento que a velocidade com que oficiais voltaram as costas para o governo do líbio Muammar Gaddafi no ano passado, algo que aqueles que desertaram atribuem ao medo.

 

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