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19/08/2012 - 15h30

Países da Alba rechaçam 'ameaça' do Reino Unido de invadir embaixada

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DA ANSA, EM QUITO

Os chanceleres dos países-membros da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (Alba) demonstraram apoio ao Equador e rechaçaram a ameaça do Reino Unido de invadir a embaixada equatoriana em Londres para prender o fundador do WikiLeaks, Julian Assange.

Em uma declaração conjunta, divulgada após um encontro convocado em caráter extraordinário, os chanceleres da Alba disseram "rechaçar as ameaças intimidatórias" e "ratificar o apoio categórico ao direito soberano do governo do Equador de outorgar asilo diplomático ao cidadão Julian Assange".

Os chanceleres destacaram as "graves consequências que se desencadeariam em todo o mundo" e a necessidade da "Organização das Nações Unidas de promover um amplo debate sobre a inviolabilidade das instalações diplomáticas e o pleno respeito de todos os Estados aos princípios do direito internacional".

A reunião de chanceleres ocorreu na cidade costeira equatoriana de Guayaquil, com a presença do presidente do Equador, Rafael Côrrea, para analisar a "ameaça" do Reino Unido de invadir a embaixada equatoriana em Londres, onde Assange está refugiado desde junho.

"Isso merece uma resposta contundente, unânime, de todos os países que defendem os princípios do direito internacional", disse Côrrea, na ocasião.

Rodrigo Buendia 18.ago.12/France Presse
Reunião extraordinária da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América), que aconteceu no Equador
Côrrea fala em reunião extraordinária da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América)

VENEZUELA

Por sua vez, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou que os países-membros da Alba não vão "tolerar" a "violação flagrante" da soberaina do Equador. "O asilo é uma figura internacional de direito, mas a Inglaterra se nega a reconhecê-lo e ameça ingressar na embaixar do Equador em Londres, o que seria uma flagrante violação da soberania de um dos países da Alba".

"A América Latina se respeita, nossos povos se respeitam. Somente unidos podemos fazer com que nos respeitem", disse Chávez.

Segundo o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, "esse não é um conflito bilateral. O que está no centro do debate é o respeito ao direito internacional, ao direito humanitário e, sobretudo, ao direito à inviolabilidade das embaixadas e corpos diplomáticos, que é um direito acumulado ao longo dos séculos".

O Equador concedeu asilo político a Assange na última quinta-feira. O fundador do WikiLeaks tenta impedir sua extradição à Suécia, onde é acusado de crimes sexuais. Além disso, o país poderia enviá-lo aos Estados Unidos, que o acusa de espionagem.

 

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