Soldado mata pelo menos sete militares em posto de fronteira na Rússia

Pelo menos sete militares morreram nesta terça-feira após um soldado disparar contra os colegas em um posto de fronteira na República do Daguestão, território da Rússia que faz fronteira com o Azerbaijão. O atirador foi morto após o incidente.

De acordo com o Ministério do Interior, o homem entrou no quartel e abriu fogo contra outros militares que faziam guarda na entrada da unidade. Após matar dois soldados, o soldado entrou no quartel, onde atirou em outras cinco pessoas antes de morrer durante tiroteio.

Outros três militares ficaram feridos. O posto onde ocorreu o ataque fica próximo à cidade de Belidzhi (a 2.000 km de Moscou). Segundo a agência de notícias Interfax, o autor do ataque se chamava Aliyev e tinha 31 anos.

ATENTADO

Mais cedo, outras sete pessoas, desta vez civis, morreram em um ataque suicida na mesma região. Entre as vítimas estava o cientista e líder religioso sufista, o xeque Said Apantsi Atsayev. Autoridades locais afirmam que a ação aconteceu após uma mulher bomba se aproximar do religioso para pedir uma oração.

Outra fonte das forças de segurança russas disse que as vítimas morreram após "a explosão de uma bomba de fabricação caseira presa ao corpo de um terrorista suicida".

Said Apantsi Atsayev nasceu em 1937 e era considerado um dos líderes religiosos mais influentes do Daguestão, onde o clero muçulmano tradicional foi alvo de inúmeros atentados nos últimos dois anos. O atentado aconteceu na casa do religioso de 75 anos, na região de Buinaksk.

O Daguestão, região banhada pelo mar Cáspio, é palco frequente de ações terroristas e confrontos armados entre as forças de segurança e a guerrilha islâmica.

A Rússia luga contra uma insurreição islâmica no Cáucaso, principalmente no Daguestão e na Ingushétia, regiões atingidas por ataques atribuídos pelas autoridades a militantes que tentam estabelecer um Estado islâmico no Cáucaso russo.