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China diz que continuará a comprar bônus se UE controlar riscos
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DA EFE, EM PEQUIM
O primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, afirmou nesta quinta-feira que seu país seguirá investindo em bônus soberanos da União Europa, mas que sempre avaliará primeiro os riscos dessa opção.
Em declarações feitas após reunir-se com a chanceler alemã, Angela Merkel, em visita oficial de dois dias à China, Wen afirmou que o gigante asiático irá melhorar as consultas e a comunicação com a UE, o Banco Central Europeu, as instituições financeiras multilaterais e os principais países para ajudar as nações europeias a enfrentar seus problemas.
Neste sentido, o primeiro-ministro chinês disse esperar que a UE alcance um equilíbrio entre a austeridade fiscal e o estímulo econômico, uma fórmula que será a via principal para resolver a crise.
A cooperação da China com a Alemanha e a UE em geral, declarou o primeiro-ministro, deve concentrar-se em estimular a confiança.
"Devemos deixar que as pessoas vejam esperança, rejeitar o protecionismo e promover a colaboração para explorar os mercados", declarou Wen.
AVIÕES
Mais cedo, durante a reunião entre os dois líderes, o governo chinês fechou acordo para a compra de 50 Airbus A320, no valor total de US$ 3,5 bilhões.
A assinatura do acordo encerrou a segunda rodada de consultas intergovernamentais, da qual participaram sete dos 14 ministros do gabinete de Merkel.
Os chefes do governo de China e Alemanha também presidiram a assinatura de outros dez acordos bilaterais nos setores de aviação, automóveis, comunicação, energia, meio ambiente, saúde e cooperação marítima.
Informações prévias estimavam que a China faria uma encomenda duas vezes maior, ou seja, de 100 Airbus por US$ 8,5 bilhões. Ainda assim, se trata do primeiro pedido significativo do país asiático à Europa depois do conflito vivido entre as duas partes devido à gestão de emissões.
No ano passado, após o anúncio do plano da União Europeia de taxar empresas aéreas de todo o mundo por suas emissões sobre céu europeu, a China --um dos países mais opostos a este sistema-- paralisou a aquisição de aviões da Airbus.
Durante a atual visita de Merkel à China, a sexta durante seu mandato e a segunda apenas neste ano, a chanceler alemã visitará junto a Wen o centro de montagem da Airbus em Tianjin, ao leste de Pequim.
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