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Crise na Europa é de 'gravidade excepcional', diz Hollande
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O presidente francês, François Hollande, declarou nesta sexta-feira que seu dever é dizer a verdade e que a crise atual tem uma gravidade excepcional.
"Meu dever é dizer a verdade aos franceses. Estamos diante de uma crise de uma gravidade excepcional, uma crise longa que dura mais de quatro anos e nenhuma potência econômica, nem as emergentes, está a salvo", disse Hollande em um discurso em Chalons-en-Champagne.
"O crescimento desacelera em todas as partes e os preços das matérias-primas, dos cereais, por razões tanto climáticas como especulativas, mas também o petróleo, aumentam".
O mandatário disse que a superação das dificuldades financeiras é "um papel de todos, desde as administrações e os atores sociais até as empresas e os trabalhadores". "Minha missão é traçar o caminho que permita a França se levantar".
Hollande também aprovou uma medida para as regiões francesas, permitindo que os governos locais tomem recursos de fundos europeus de forma direta e disse que já está pronto um projeto de lei que permitirá ao Estado ceder terrenos para a construção de moradias.
DADOS NEGATIVOS
As declarações do presidente francês acontecem no mesmo dia em que o Escritório de Estatísticas da Europa divulgou que houve aumento do desemprego e da inflação na zona do euro.
O desemprego nos 17 países da zona do euro chegou a 11,3% da população economicamente ativa em julho, representando um novo recorde para a região. Em números absolutos, são 18 milhões de pessoas que ficaram desempregadas nos países que usam a moeda única.
Já a inflação nos 17 países chegou a 2,6% na comparação com o mesmo período do ano passado, subindo mais que o esperado pelos analistas.
Os preços ao consumidor nos 17 países aceleraram ante a alta de 2,4% em julho e acima da expectativa do mercado de um avanço de 2,5%.
A taxa de inflação tinha recuado de maneira estável ante os 3% registrados em novembro de 2011 para se estabilizar em 2,4% em maio, junho e julho, conforme a economia da zona do euro desacelerou com força devido à crise de dívida pública.
A intenção do Banco Central Europeu (BCE) é manter a inflação abaixo de 2%, mas próximo desse patamar, e espera que essa meta seja cumprida no fim do ano.
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