Presidente do México pede reforma de leis de produção de petróleo

Sétimo maior produtor de petróleo do mundo, o México precisa mudar suas leis de exploração de petróleo e permitir o acesso de empresas estrangeiras ao país para impulsionar a produção, disse o presidente Felipe Calderon, que está prestes a deixar o cargo, neste sábado (8).

Atualmente, a indústria petroleira mexicana é dominada pelo monopólio estatal Pemex, e companhias privadas têm acesso limitado ao mercado.

O país enfrenta forte queda na produção nos últimos anos, e a Pemex enfrenta o risco de se tornar importadora de petróleo dentro de uma década.

Calderon, que vai entregar o poder ao sucessor Peña Nieto no fim do ano, pediu que a nova administração reforme e modernize a indústria. Nieto prometeu "passos corajosos" para impulsionar o envolvimento externo na exploração de petróleo no país.

"Eu espero que o novo governo tenha não só a vontade política, mas também o apoio político para fazer uma mudança importante como essa em nossa lei e constituição", disse Calderon no encontro de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, na cidade russa de Vladivostok.

A Pemex foi criada em 1938, quando a indústria petrolífera do país foi nacionalizada. A produção mexicana de petróleo é atualmente de 2,5 milhões de barris por dia.

Em agosto deste ano, a estatal fez uma nova descoberta de petróleo no Golfo do México que pode fornecer entre 4.000 e 10 mil barris por dia.