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Manifestantes protestam contra vídeo anti-Islã no Sudão
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DA EFE, EM CARTUM
Centenas de sudaneses fizeram uma manifestação nesta quinta-feira diante da embaixada dos Estados Unidos na capital Cartum, em mais um protesto contra um vídeo que critica o islamismo.
Um dos organizadores da manifestação, Mohammed Omar el Taher, disse que estão protestando porque as imagens, supostamente produzido nos EUA, "mostram os muçulmanos como imorais e violentos".
O manifestante afirmou que amanhã haverá manifestações de fiéis saindo das mesquitas da capital e de outras províncias para expressar sua indignação para com o filme.
Para evitar confrontos violentos, autoridades adotaram forte esquema de segurança em torno da delegação dos Estados Unidos.
O Conselho de Ministros, presidido pelo ditador Omar al Bashir, classificou o filme como "um ato hostil que provoca os sentimentos islâmicos e provoca um conflito injustificável entre os fiéis dos credos monoteístas".
Nesse sentido, pediu aos governos dos países ocidentais que combatam este tipo de fenômeno para que não se tornem o motivo de uma ameaça à paz mundial.
PROTESTOS
O protesto foi pelo mesmo motivo de atos contra os americanos que aconteceram em Egito, Tunísia, Irã, Iêmen, faixa de Gaza e Israel.
Na Líbia, o embaixador local, Christopher Stevens, foi morto na última terça (11) após uma emboscada em meio aos protestos no consulado americano em Benghazi, segunda maior cidade do país. Outros três funcionários diplomáticos foram mortos.
Mais cedo, o presidente do Iêmen, Abdo Rabbo Mansour Hadi, lamentou o ataque à embaixada dos Estados Unidos em Sanaa, capital do país.
Segundo ele, a ação foi efetuado por uma "turba que não é consciente dos planos de forças sionistas para prejudicar a relação de seu país com os EUA".
Diversos ataques, assim como protestos, foram feitos às representações diplomáticas americanas em diversos países, como Tunísia, Egito e Líbia, sob a mesma justificativa do vídeo ofensivo.
Nesta quinta, no Cairo (Egito), manifestantes entraram em choque com a polícia em frente à Embaixada dos EUA.
Segundo o Ministério da Saúde do governo egípcio, 70 pessoas ficaram feridas. A ação acontece depois que a bandeira americana na embaixada foi arrancada em um protesto na terça (11) e substituída por uma islamita.
Ainda foram registrados protestos na faixa de Gaza e convocadas manifestações em Israel, em frente à representação americana em Tel Aviv, sob a justificativa de que Washington patrocina pessoas que ofendem o Islã.
Na quarta (12), a polícia da Tunísia dispersou uma manifestação em Túnis. Também foram feitos atos na embaixada da Suíça no Irã, que representa os interesses americanos na República Islâmica.
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