Manifestante morre no Cairo; número de mortos sobe para sete

Um manifestante foi morto pela polícia egípcia perto da Embaixada dos Estados Unidos no Cairo durante um protesto contra o filme "A Inocência dos Muçulmanos", considerado ofensivo ao islã, disse uma fonte de segurança. A morte se soma a outras seis em outros países, em protestos pelo mesmo motivo.

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Ao menos outras duas pessoas morreram em confronto próximo à embaixada americana em Túnis, na Tunísia. Anteriormente,tinham sido informadas três mortes.

Já no Líbano, em Trípoli, um manifestante foi morto quando tentava invadir um prédio do governo, segundo a polícia.

Outras três pessoas foram mortas no Sudão, no norte da África, onde manifestantes entraram nas embaixadas de Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos na capital Cartum.

A vítima no Cairo, de 35 anos, que morreu por ferimentos a bala, é a primeira pessoa a ser morta no Egito nos confrontos, que aconteceram depois que manifestantes escalaram as paredes da embaixada em protestos na terça-feira.

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"Deus é grande" e "Não há deus além de Deus", gritava o grupo de manifestantes, atirando pedras e bombas de gasolina nas forças de segurança em uma rua que conecta a Praça Tahrir às embaixadas próximas, nesta sexta. A polícia tentou conter a multidão atirando latas de gás lacrimogêneo.

A agência de notícias estatal disse que 27 pessoas ficaram feridas nesta sexta-feira. Com base nos números anunciados em outros dias, mais de 250 pessoas ficaram feridas desde o início dos conflitos, na terça-feira, no Egito.

PROTESTOS

Os atos se espalharam por quase 20 países com grande população muçulmana desde quando as imagens do filme "A Inocência dos Muçulmanos" foram reveladas --Egito, Líbia, Tunísia, Índia, Síria, Líbano, Marrocos, Irã, Sudão, Iêmen, Israel, Iraque, Afeganistão, Paquistão, Indonésia, Bangladesh, Nigéria, Qatar, Jordânia e nos territórios palestinos.

Nesta sexta-feira, quatro representações diplomáticas foram atacadas em países no norte da África.

'A INOCÊNCIA DOS MUÇULMANOS'

Intitulada "A Inocência dos Muçulmanos", a produção amadora foi produzida nos EUA, de acordo com as informações disponíveis, e ganhou o mundo pela internet.

O filme retrata o profeta Maomé de forma controversa e serviu de estopim para as manifestações, que começaram na terça (11).

O ato mais grave aconteceu na Líbia, onde o embaixador americano Christopher Stevens morreu em uma emboscada no consulado em Benghazi, junto com outros três funcionários diplomáticos.

O atentado está sob investigação das autoridades locais. Na quinta (13), quatro suspeitos foram presos.

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