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Produtor de polêmico vídeo anti-islã é preso em Los Angeles
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Atualizado às 19h43.
Foi preso nesta quinta-feira em Los Angeles o produtor do filme "Inocência dos Muçulmanos", apontado como estopim de uma onda de protestos iniciada em 11 de setembro que já atingiu mais de 20 países muçulmanos e deixou dezenas de mortos.
Nakoula Basseley Nakoula, 55, um cristão egípcio, é acusado de ter violado os termos de sua condicional ao participar do filme. Ele foi condenado por fraude bancária e deixou a cadeia em 2011 sob diversas condições, inclusive uma que o proibia de acessar a internet sem a permissão de um oficial de justiça.
Ele deverá ter uma audiência com um juiz ainda nesta quinta para determinar se pode ser liberado sob fiança.
Juiz de SP manda YouTube tirar vídeo anti-islã do ar
Protestos violentos levam Brasil a fechar embaixada
Cerca de 600 protestam contra vídeo anti-islã em SP
Saiba mais sobre vídeo que desencadeou protestos
Reprodução/Youtube/ClaytOnline |
Cena do filme "Inocência dos Muçulmanos", que satiriza o profeta Maomé e o islã; clique para saber mais sobre a obra |
Por enquanto, o filme teve apenas o trailer, com 14 minutos de duração, publicado no site YouTube. Nele, o profeta Maomé aparece como mulherengo e ambicioso, enquanto o islã é retratado como violento. Para muitos muçulmanos, a mera representação do profeta é ofensiva.
Os protestos supostamente detonados pelo vídeo envolvem, entre outros episódios, o ataque ao Consulado dos EUA em Benghazi (Líbia) que deixou quatro americanos mortos, entre eles o embaixador Chris Stevens. Por causa da violência, o Departamento de Estado americano já havia solicitado ao Google, controlador do YouTube, que as imagens fossem tiradas do ar, mas teve o pedido negado.
Na terça-feira, em discurso à 67ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, o presidente Barack Obama disse que a resposta para a liberdade de expressão não é repressão, mas "mais liberdade de expressão". Ele disse ainda que considera o vídeo "nojento", mas que não pode ser utilizado como justificativa para atos de violência.
"Nenhum discurso justifica violência impensada. Não há palavras que isentem a matança de inocentes. Não há vídeo que justifique um ataque a uma embaixada."
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