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07/10/2012 - 06h35

Governo das Filipinas e FMLI fecham acordo para assinar a paz

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DA EFE

O governo das Filipinas e a FMLI (Frente Moro de Libertação Islâmica) anunciaram hoje que fecharam um acordo que abre a via para assinar a paz e acabar com décadas de luta armada, após cinco dias de negociações em Kuala Lumpur.

O presidente filipino, Benigno Aquino, disse que, embora ainda haja detalhes que ambas as partes devem solucionar, "este acordo marco abre a via para alcançar uma paz definitiva e duradoura em Mindanao".

O pacto, que ambas as partes assinarão nos próximos dias em Manila, estabelece a criação de uma nova região autônoma nas áreas do sul das Filipinas onde a comunidade muçulmana é maioria.

O compromisso era negociado em Kuala Lumpur desde terça-feira passada Marvic Leonen, por parte do Executivo filipino, e Mohagher Iqbal, chefe da equipe negociadora do FMLI.

A Malásia começou a mediar nestas negociações em 2000 e o processo se dividiu em três blocos: segurança (concluído), reabilitação (concluído) e terras ancestrais (em discussão).

Este último afastado, o da terras ancestrais, trata do território que a princípio o FMLI governará, seus limites, o sistema de governo e a divisão da exploração dos recursos naturais.

Ambas as partes estabeleceram um cessar-fogo em agosto de 2001 e dois anos depois assinaram o Acordo Geral de Cessação de Hostilidades, embora os confrontos nunca tenham cessado de todo.

O FMLI nasceu de uma cisão do histórico Frente Moro de Libertação Nacional, quando este aceitou negociar uma solução que não fosse a independência, e foi constituído formalmente em 1984.

A organização conta com cerca de 12 mil militantes na atualidade.

Quase quatro décadas de conflito étnico, religioso e tribal causaram milhares de mortos e cerca de dois milhões de refugiados em uma das áreas mais pobres das Filipinas.

 

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