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08/10/2012 - 14h28

Capriles pede a partidários que não se deprimam por derrota

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O ex-candidato da oposição à Presidência da Venezuela, Henrique Capriles, pediu nesta segunda-feira que seus partidários levantem a cabeça e não se deprimam pela derrota para o presidente Hugo Chávez.

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"Sei que hoje muitas pessoas estão tristes hoje, mas devemos nos levantar, contnuar acreditando que temos um país melhor que podemos ter e o teremos", disse, em mensagem no microblog Twitter.

Capriles lamentou não ter conseguido a presidência, mas disse que continuará trabalhando politicamente, e agradeceu aos eleitores.

"São mais de 6 milhões, quase a metade do país, que me ajudaram a construir um caminho. Vou continuar a trabalhar e vocês não estão sós, somos milhões. Continuarei a trabalhar, dedicando a minha vida a termos um único país, onde todos vivamos em harmonia".

Na noite de domingo, Capriles admitiu a derrota, dizendo que seus eleitores iniciaram a "construção de um caminho" alternativo ao governo.

A expectativa sobre futuro também é compartilhada por outros opositores. O secretário-executivo da Mesa da Unidade Democrática (MUD), Ramón Guillermo Aveledo, disse que a unidade opositora não deve acabar.

"Chávez não teve um crescimento significativo nessa ocasião. Pelo contrário, caiu dos mais de 60% que teve na última eleição presidencial", disse, em entrevista à emissora de TV Globovisión.

A organizadora das primárias opositoras, Teresa Albanes, disse que a tristeza não deve acabar com a esperança. Ela também pediu que o presidente busque o diálogo com a oposição.

"O presidente deve moderar sua linguagem porque há quase uma metade do país que não concorda com ele, que não chame mais os seus opositores de esquálidos e sem valor".

REELEIÇÃO

Com 94,18% da apuração concluída, Chávez recebeu 54,84% dos votos contra 44,55% do rival, Henrique Capriles, segundo o CNE (Conselho Nacional Eleitoral). Os percentuais equivalem a 7.860.982 e 6.386.155 eleitores, respectivamente.

O mandatário concorreu contra Capriles, 40, ex-governador do populoso Estado de Miranda que representava uma mudança geracional na oposição e comandou as maiores reuniões populares contrárias ao governo desde 2004.

Para a maior parte da América Latina, a vitória de Chávez era o resultado mais desejado. O presidente goza de amizades estratégicas e é aclamado como benfeitor por aqueles países a quem vende petróleo em suaves prestações.

Além da ex-rival Colômbia, países como Brasil, Equador, Bolívia, Argentina, Nicarágua e Cuba queriam a vitória com folga, evitando turbulências. A maior exceção na região era o Paraguai, contrário à entrada do país no Mercosul.

 

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