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29/10/2012 - 21h18

Premiê português anuncia corte bilionário em gastos sociais

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JULIO WIZIACK
DO ENVIADO ESPECIAL A LISBOA

O primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, anunciou nesta segunda-feira que o pais terá de cortar € 4 bilhões (R$ 10,5 bilhões) em benefícios sociais por ano para que o país não precise recorrer a um segundo pacote de ajuda da União Europeia e do FMI.

"Os cortes terão de ser permanentes", disse ele, durante evento da Portugal Telecom que reuniu os principais fundos de investimento do mundo.

Passos Coelho fez um pronunciamento para situar os investidores sobre o programa de ajuste fiscal do país, que prevê aumento de impostos e cortes de gastos públicos.

Os cortes sociais são a segunda medida polêmica do governo português que, recentemente, anunciou o aumento do imposto sobre rendimentos.

As duas medidas ainda estão sendo discutidas no Plano de Orçamento do pais, sem consenso. Hoje, Passos Coelho formalizará o convite para que o Partido Socialista participe das discussões.

Os socialistas reagiram mal às notícias do corte adicional dizendo que, para ser implementado, seria preciso alterar a Constituição.

De acordo com a Constituição, o Estado português é o responsável pelo bem-estar social. Ou seja: os serviços de saúde, educação, transporte, entre outros, têm de ser prestados pelo Estado.

Com os cortes sociais, o primeiro-ministro considera que o país conseguira recuperar sua capacidade de ir a mercado solicitar financiamentos.

REFORMAS

Aproveitando a presença dos investidores, o primeiro-ministro português anunciou que os ajustes já implementados permitirão atingir neste ano as metas de superavit definidas pelo FMI para 2016.

Ainda segundo Passos Coelho, nesses dois anos de ajustes, os gastos públicos caíram para 48% do PIB, em 2011, para 42% do PIB, neste ano. "Somente esta queda trouxe uma economia de € 30 bilhões", disse.

O repórter viajou a convite da Portugal Telecom

 

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