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06/11/2012 - 13h42

Candidato pode vencer no voto, mas perder no Colégio Eleitoral nos EUA

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PATRÍCIA CAMPOS MELLO
ENVIADA ESPECIAL A NOVA JERSEY

Os Estados Unidos correm o risco de repetir o caos Bush-Gore na eleição deste ano.

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Como mostrou a votação de 2000, é possível ganhar no voto popular, mas perder a eleição. Naquele ano, o democrata Al Gore teve 543.895 votos a mais que George W. Bush. Mas Bush teve 271 votos no Colégio Eleitoral, ante os 266 de Gore -e o republicano foi para a Casa Branca.

Agora, um número crescente de analistas aposta na possibilidade de o presidente Barack Obama vencer a disputa no Colégio Eleitoral, mas com seu adversário Mitt Romney arrebanhando a maioria dos votos populares.

Na média de pesquisas compilada pelo site Real Clear Politics, Romney está à frente de Obama no voto popular (47,9% a 47,0%). Nas estimativas de Nate Silver, o geniozinho de estatísticas que bloga para o "New York Times", Obama tem chance de 68,1% de vencer no Colégio Eleitoral, e Romney, de 31,9%.

A eleição americana é indireta, decidida no Colégio Eleitoral -onde cada Estado tem um determinado número de delegados. É um total de 538 votos, e para ganhar o candidato precisa ter 270.

Na grande maioria dos Estados, o esquema é "the winner takes it all" -se um candidato ganha o voto popular, leva todos os delegados.

A cisão entre Colégio Eleitoral e voto popular aconteceu só quatro vezes nos EUA, em 1824, 1876, 1888 e 2000.

Silver calcula que a possibilidade de essa cisão ocorrer neste ano é baixa, de 8%. Mas, considerando as implicações, 8% não é pouco.

Se Obama vencer no Colégio Eleitoral, mas perder no voto popular, seu segundo mandato será ainda mais emperrado do que o primeiro -sem legitimidade, será difícil que ele convença o Congresso a fazer qualquer coisa.

 

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