Publicidade
Publicidade
Colorado tem voto apertado; legalização da maconha ganha
Publicidade
FERNANDA EZABELLA
ENVIADA ESPECIAL A DENVER, COLORADO
Atualizado em 07/11/2012 às 02h54.
Balões coloridos, muita cerveja e nada de fumaça. Cerca de 200 pessoas comemoraram com muitos gritos (e nada de cigarros) num bar de Denver, na noite de terça-feira, a vitória do referendo para a legalização da maconha no Colorado, um resultado que colocará o Estado em choque direto com o governo federal.
Nesse Estado, com 33% por cento das urnas apuradas, 53% dos votos eram a favor e 47% contra. Pesquisas divulgadas antes da votação mostravam Washington e Oregon com 56% e 44% a favor, respectivamente.
No "indeciso" Estado do Colorado, onde não há uma maioria de eleitores democratas ou republicanos, 2 milhões votaram na manhã desta terça-feira e davam uma liderança apertada para o candidato a presidente Mitt Romney.
Segundo autoridades locais, 698.620 eleitores que votaram eram registrados pelo Partido Republicano, 663.282 pelo Partido Democrata, e 560.512 não tinham afiliação. O Estado tem 2,7 milhões de eleitores ativos. Em 2008, Barack Obama saiu vencedor.
Pelas ruas de Denver, zonas eleitorais só haviam apresentado filas às 7h e na hora do almoço. Mesmo com um tema polêmico em votação, a legalização do uso recreativo da maconha, nenhum tumulto foi registrado.
Já no condado de Jefferson, a polícia foi chamada para apartar brigas de vizinhos por conta de pôsteres em lugares proibidos e de dois cunhados que divergiam sobre seus candidatos presidenciais.
Policiais também precisaram liberar o trânsito numa rua tomada por ativistas e seus cartazes.
Num igreja metodista em Denver, uma dúzia de entrevistados pela reportagem declarou voto em Obama e no "sim" pela legalização, ainda que a administração do presidente americano seja contra as leis estaduais que liberam o uso da droga.
"BROADSTERDAM"
O local ficava a algumas quadras do bairro conhecido como "Broadsterdam", uma mistura de Broadway (nome da rua) e Amsterdã, cidade da Holanda onde o consumo de maconha é permitido.
"Nunca poderia votar em Romney, ele é um idiota, não respeita as mulheres e não está preocupado em ajudar os pobres a arranjar emprego", disse a desempregada Stacey Salgado, 27.
Para a diretora Annie Eastman, grávida de sete meses, "a sociedade já aceitou a maconha, então por que não cobrar imposto?".
Um gerente de tecnologia de uma universidade local, que pediu que não tivesse o nome divulgado, disse que votou no "nanico" Gary Johnson, do Partido Libertário.
"É um voto de protesto, Obama prometeu muitas coisas e não cumpriu. Chega", disse o engenheiro de 34 anos, reclamando principalmente da promessa do presidente de não interferir nas leis estaduais de maconha medicinal.
+ Canais
- Conheça a página da Folha Mundo no Facebook
- Acompanhe a Folha Mundo no Twitter
- Acompanhe a Folha no Twitter
+ Leia mais
+ Livraria
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice