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Obama vai tentar acordo fiscal ainda em 2012 se reeleito, diz agência
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DA REUTERS
Caso seja reeleito, o atual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve iniciar rapidamente a negociação de um acordo bipartidário que evite o "abismo fiscal" que ameaça levar os EUA para uma recessão, disseram assessores democratas no Senado segundo a agência de notícias Reuters.
Obama pode dizer aos republicanos que, passado o duelo eleitoral, é hora de buscar um terreno comum para lidar com o fim das isenções tributárias da era Bush e com a entrada em vigor de cortes de gastos públicos --dois fatores que sugariam US$ 600 bilhões da economia dos EUA a partir de 2013.
"Ele deseja que o processo comece imediatamente", disse um assessor. "Poderíamos avançar rapidamente", disse outro, ressaltando que os ingredientes básicos de qualquer acordo --maior arrecadação tributária e cortes em benefícios sociais-- já estão sendo debatidos minuciosamente há dois anos. "Todo mundo sabe o que precisa ser feito."
O Congresso entra em recesso em dezembro, e um dos assessores disse que a Casa Branca procurou importantes senadores democratas para lhes dizer que Obama espera uma definição antes disso. Procurada, a Casa Branca não quis se manifestar.
VITÓRIA REPUBLICANA
Caso o vencedor nesta terça-feira seja o republicano Mitt Romney, a busca por um acordo de redução de déficit para substituir os cortes automáticos de gastos e as novas regras tributárias seria postergada para depois da posse, em 20 de janeiro.
Mas os parlamentares republicanos rapidamente iniciariam um esforço para adiar os cortes de gastos e elevação dos impostos durante um prazo de seis meses a um ano, dando tempo para a negociação de uma reforma tributária abrangente.
O presidente da Câmara, o republicano John Boehner, disse no domingo que se posicionaria para uma "ponte" temporária que permita ao novo governo e ao futuro Congresso moldarem uma solução. "Eu acho que isso seria o melhor que a gente poderia esperar, e mesmo que isso seja muito difícil de fazer", disse Boehner à CNN.
QUASE ACORDO
Os assessores democratas disseram que um acordo de redução do déficit provavelmente conteria muitos elementos de uma negociação que Obama e Boehner quase conseguiram concluir no ano passado, quando o Congresso debatia a elevação do teto de endividamento do governo.
Ambos os partidos se propuseram a buscar uma redução de US$ 4 trilhões no déficit público em uma década, mas a negociação acabou sendo abandonada. Ela incluía concessões dos democratas para reduzir programas sociais como o Medicare e o Medicaid e dos republicanos para aceitar um aumento da arrecadação tributária.
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