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Congresso americano segue dividido no segundo mandato
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DE SÃO PAULO
O balanço de poder não mudou após as eleições de anteontem nos EUA. Os democratas continuarão a mandar na Casa Branca e no Senado, onde o partido manteve a liderança, mas terão de enfrentar novamente a oposição republicana na Câmara dos Representantes, controlada pelos conservadores.
No órgão correspondente à Câmara dos Deputados no Brasil, os republicanos garantiram até a conclusão desta edição 233 assentos dos 435 disponíveis. O partido perdeu espaço em relação à legislatura passada, quando tinham 242 deputados. Os democratas ficaram com 193 postos, mesmo total obtido em 2010.
No Senado, os democratas conseguiram 54 vagas na eleição deste ano, ante 51 na votação anterior. Os republicanos, por sua vez, perderam duas cadeiras e passarão a ter 45 integrantes na Casa.
Há 100 vagas no Senado. Nesta eleição, foram renovados 33 parlamentares, que têm mandato de seis anos.
A polarização dos partidos no Congresso traz desafios ao presidente Barack Obama, que nos últimos dois anos teve conflitos com o Legislativo. O mau relacionamento com os republicanos travou políticas importantes para os EUA, como o aumento do teto do endividamento do país.
Ontem, Obama ligou para os líderes da Câmara e do Senado para dizer que quer trabalhar em conjunto na contenção do deficit público e na redução de impostos.
"O presidente disse acreditar que o povo americano enviou uma mensagem na eleição --que os líderes dos partidos precisam deixar de lado interesses partidários e trabalhar com o propósito de colocar os interesses do povo e da economia americana em primeiro lugar", informou a Casa Branca.
DIVERSIDADE
Apesar do balanço de poder entre republicanos e democratas ter permanecido inalterado, a aposentadoria de congressistas experientes abriu espaço para os novatos e para alas mais progressistas. Já o movimento Tea Party perdeu força na Câmara.
Políticos libertários --que defendem o Estado mínimo e a não intervenção do governo em assuntos privados da vida dos cidadãos-- apadrinhados por Ron Paul, deputado republicano derrotado por Mitt Romney nas primárias presidenciais, ganharam espaço na Câmara.
Entre os eleitos apoiados por Paul estão o cientista Thomas Massie (Kentucky), do MIT (Massachusetts Institute of Technology), David Schweikert (Arizona), que pede auditoria no banco central dos EUA, e pelo menos outros seis ligados ao deputado.
Dois brasileiros, José Peixoto e Ronney Oliveira, instalados nos EUA há mais de uma década, perderam a corrida por assentos no Legislativo americano.
Editoria de arte/Folhapress | ||
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