Dilma estreia em cúpula na Espanha; Chávez e Kirchner são dúvidas

A Cúpula Ibero-Americana de Cádiz terá a estreia de quatro presidentes latino-americanos, assim como do premiê do país anfitrião, o espanhol Mariano Rajoy, mas terá também incertas em relação às presenças do venezuelano Hugo Chávez e da argentina Cristina Kirchner. À exceção desses e do cubano Raúl Castro, os demais todos confirmaram sua participação na 22ª Cúpula Ibero-Americana.

A única ausência confirmada é a do presidente do Paraguai, Federico Franco, que anunciou esta decisão para evitar problemas com outros países, como os que integram o Mercosul e a Unasul, e que lhe vetaram desses foros após o impeachment de seu antecessor, Fernando Lugo.

Entre os estreantes, além de Rajoy, estão a presidente Dilma Rousseff e os governantes de Honduras, Porfirio Lobo, da Guatemala, Otto Pérez Molina, e da República Dominicana, Danilo Medina.

Uma das incógnitas existentes é a participação da presidente argentina, Cristina Kirchner, que, em dezembro do ano passado, assumiu o segundo mandato e notificou que talvez não pudesse ir a Cádiz e que, neste caso, seria substituída por seu vice, Amado Boudou.

Desta maneira, fica incerta a possibilidade de que em Cádiz haja um reencontro entre os chefes de Governo de Espanha e Argentina após a crise desencadeada pela desapropriação das ações da companhia espanhola Repsol na petrolífera YPF, em abril passado.

Ausente das cúpulas desde a de Santiago do Chile, em 2007, na qual o rei da Espanha o repreendeu com a célebre frase "Por que não se calas?", Hugo Chávez, que nas urnas conseguiu a reeleição em outubro, ainda não informou se irá à de Cádiz.

O único líder que foi a todas a entrevistas ibero-americanas desde a primeira, em 1991, em Guadalajara (México), é o rei espanhol Juan Carlos 1º.