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14/11/2012 - 09h48

Na Europa, milhares vão às ruas em dia de greves e protestos

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Milhões de trabalhadores entraram em greve no sul da Europa nesta quarta-feira, sob o comando dos principais sindicatos desses países, para protestar contra medidas de austeridade financeira aplicadas pelos governos locais.

Espanha e Portugal realizam greve geral, enquanto alguns sindicatos na Grécia, na Itália, na França e na Bélgica também foram às ruas em protesto, no dia que foi denominado pelas centrais operárias de "Dia Europeu de Ação e Solidariedade".

Mais de 25 milhões de pessoas estão desempregadas nos países da União Europeia. A taxa de pessoas sem trabalho é de 10,6% em toda a zona do euro, com 23,3% dos jovens desempregados.

ESPANHA

A greve geral convocada para esta quarta-feira na Espanha começou com confrontos com a polícia por todo o país, nos quais 32 pessoas foram detidas e 12 ficaram feridas, sendo quatro delas policiais.

É a segunda greve geral desde que o premiê Mariano Rajoy assumiu o país, em dezembro de 2011, e a nona greve realizada na Espanha desde o início da crise econômica europeia. O desemprego espanhol já atingiu a marca de 25%.

As centrais sindicais comunicaram que, nas primeiras horas do dia, houve enorme adesão dos setores industriais, energéticos e de serviços, dos mercados de alimentos e das grandes obras de infraestrutura,

A diretora-geral de Política Interior da Espanha, Cristina Díaz, disse à imprensa que os serviços mínimos estão sendo cumpridos e que não há grandes alterações na vida cotidiana do país, exceto pelos confrontos entre alguns manifestantes e a polícia, a maior parte deles em Madri.

A greve causou o cancelamento de 131 voos nas primeiras horas do dia. Das 2.322 operações de decolagem e aterrissagem programadas para esta quarta-feira, 1.344 são consideradas serviços mínimos e não devem ser afetadas.

O secretário-geral do sindicato CCOO, Ignacio Fernández Toxo, acusou o governo de aplicar "medidas suicidas" contra a população, e o líder do sindicato UGT, Cándido Méndez, pediu aos manifestantes uma "greve de consumo", dizendo que não devem comprar nada durante a quarta-feira.

PORTUGAL

O transporte público português foi reduzido drasticamente, embora o tráfego de carros apresentava os congestionamentos habituais nas principais cidades do país, como Lisboa e Porto.

A Confederação Geral de Trabalhadores de Portugal convocou a greve, a terceira do ano, para se manifestar contra a política de austeridade financeira do governo conservador do país.

O sindicato anunciou que, logo nas primeiras horas do dia, já considerava a greve um sucesso, com uma adesão de mais de 90% em diversos serviços, especialmente no transporte.

As ferrovias locais e interurbanas, os metrôs de Lisboa e do Porto, os ônibus e as conexões fluviais foram fortemente afetados pela greve. Na capital e nos núcleos urbanos próximos a ela, também não se realizaram os serviços públicos de limpeza nesta quarta-feira.

Na noite de terça-feira, fábricas e hospitais já haviam deixado de funcionar em sua totalidade.

O governo português não divulgou números da greve, mas indicou que não pretende voltar atrás em suas políticas econômicas.

OUTROS PAÍSES

Na Grécia, onde uma grande greve de dois dias ocorreu há uma semana, as maiores centrais sindicais convocaram uma parada de três horas nos serviços.

Na Itália, o CGIL, maior sindicato do país, pediu que os serviços fossem interrompidos durante várias horas nesta quarta-feira. O Ministério do Transporte italiano disse que trens e balsas devem parar de funcionar durante quatro horas. Marchas de estudantes e professores também estão marcadas para o dia.

Na Bélgica, algumas ferrovias não estão funcionando devido a manifestos dos trabalhadores do setor de transportes.

 

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