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Eurozona não chega a acordo sobre liberação de ajuda à Grécia
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O Eurogrupo, o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) fracassaram na madrugada desta quarta-feira em sua tentativa de alcançar um acordo para desbloquear uma nova parcela da ajuda financeira à Grécia, pendente desde junho.
"Estamos perto, mas é preciso realizar verificações técnicas e fazer cálculos financeiros. Como isso já não era possível a essa hora do dia, interrompemos a reunião para retomá-la na segunda-feira (26)", indicou o presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, ao término da reunião.
Após quase 12 horas de negociações, Juncker assegurou que a reunião não fracassou por nenhum motivo em especial, uma vez que não há grandes desacordos políticos entre os países da eurozona.
Quanto ao desembolso da próxima parcela da ajuda, de € 31,5 bilhões, Juncker admitiu que não sabe quando o montante será liberado, mas destacou os esforços realizados pela Grécia para poder recebê-lo.
A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, assinalou por sua parte que o Eurogrupo está perto de fechar o buraco fiscal da Grécia, mas ressaltou que ainda há trabalho a ser feito para alcançar um acordo sobre a questão.
PRAZO PARA AJUSTE
Mais cedo, uma autoridade da União Europeia (UE) divulgou que os ministros das Finanças da zona do euro devem manter em 2020 o limite para que a Grécia reduza a 120% do PIB (Produto Interno Bruto) o valor da sua dívida, eliminando a proposta de estender o prazo para 2022.
Estima-se que a dívida grega alcance quase 190% do PIB no ano que vem, com a economia se contraindo pelo sexto ano consecutivo, o que representa um desafio formidável para autoridades que querem reduzir o fardo da dívida a um nível sustentável.
Uma das medidas em discussão é suspender durante dez anos o pagamento de juros sobre os empréstimos concedidos à Grécia pelo fundo de resgate temporário da zona do euro, o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (EFSF, na sigla em inglês).
Já houve acordo sobre dar à Grécia dois anos mais --2016, em vez de 2014-- para que o país cumpra a meta de deficit de 3% do PIB. Contudo, esse adiamento implica que a Grécia necessitará de € 32,6 bilhões mais.
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