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Cúpula da UE para definir Orçamento termina sem acordo
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Terminou sem acordo nesta sexta-feira a cúpula de chefes de Estado e de governo da União Europeia para definir o Orçamento para o período 2014-2020. Segundo diplomatas do bloco de 27 países, o impasse sobre os gastos foi o principal motivo para o fracasso.
As potências se dividiram sobre a necessidade de cortes orçamentários e discordaram da proposta do presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy. Ele havia proposto diminuir € 80 bilhões (R$ 208 bilhões) nos gastos, que estão avaliados em € 973 bilhões (R$ 2,57 trilhão).
Segundo Van Rompuy, as negociações serão retomadas em janeiro de 2013. Até lá, os integrantes da UE terão que se entender para aprovar as iniciativas europeias, que incluem incentivos econômicos a diversos Estados afetados pela crise econômica.
A discussão do Orçamento replica as discordâncias entre os dois blocos de potências sobre a condução da crise econômica. De um lado, Alemanha e Reino Unido, que pedem mais austeridade, e do outro, França, Itália e Espanha, que defendem mais incentivo econômico.
CORTES DE MENOS
Mais cedo, a chanceler (primeira-ministra) alemã, Angela Merkel, disse que as posições dos líderes estão muito distantes, mas que não é uma situação dramática a falta de consenso na reunião. Ela não comentou sobre o teor dos cortes orçamentários.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, avalia a proposta como insuficiente e pediu um corte de gastos "mais razoável". Ele considera que não é o momento de fazer pequenos ajustes, nem tirar o dinheiro de uma parte do Orçamento para outra.
"Não acho que temos avanços suficientes. Não evoluímos nas propostas de cortes ou nos gastos adicionais".
CORTES DEMAIS
Do outro lado, o presidente de governo da Espanha, Mariano Rajoy e o presidente da França, François Hollande, rejeitaram a medida por causa dos cortes de € 7,7 bilhões na Política Agrícola Comum, o que afetaria as economias dos dois países e de integrantes mais pobres do bloco.
Os dois representantes se reúnem nesta sexta para definir uma postura sobre o Orçamento. O corte de ajudas é a principal preocupação das economias menores da União Europeia, especialmente as mais afetadas pela crise, como Portugal, Irlanda e Grécia.
Os recursos poderiam ser usados para a recuperação das economias e da geração de emprego nesses Estados, o que contribuiria para que eles saíssem da recessão.
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