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26/11/2012 - 13h47

FMI e Eurogrupo negociam liberação de ajuda à Grécia pela terceira vez

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DA REUTERS

O FMI (Fundo Monetário Internacional) e os ministros das Finanças da zona do euro deram início nesta segunda-feira à terceira tentativa, em três semanas, de liberar ajuda emergencial para a Grécia.

O ministro das Finanças grego, Yannis Stournaras, demonstrou confiança de que os ministros irão finalmente alcançar um acordo, depois que a Gréciao país cumpriu a sua parte, adotando duras medidas de austeridade e reformas econômicas. "Tenho certeza de que vamos encontrar uma solução mutualmente benéfica hoje", disse ele ao chegar para o que deve ser outra maratona de reuniões.

A Grécia, onde a crise da dívida da zona do euro surgiu no final de 2009, é o país mais endividado da região de moeda única, apesar de um grande corte, neste ano, sobre os bônus detidos por privados. A economia do país encolheu cerca de 25% em cinco anos.

O Comissário de Assuntos Econômicos e Monetários da União Europeia (UE), Olli Rehn, afirmou que é vital desembolsar a próxima parcela de ajuda de € 31 bilhões "para acabar com a incerteza que ainda pesa sobre a Grécia". A Grécia cumpriu as condições dos credores internacionais e "agora é o momento de o Eurogrupo e o FMI agirem", disse Rehn.

As negociações sobre a dívida grega, estimada em quase 190% do PIB (Produto Interno Bruto) no próximo ano, travaram na discussão sobre se ela pode ser reduzida para um nível mais sustentável de 120% em oito a dez anos. Sem acordo sobre como reduzir a dívida, o FMI segurou os pagamentos a Atenas porque não tem garantia de que a necessidade de financiamento emergencial acabará algum dia.

A questão é: a dívida grega pode se tornar sustentável sem a zona do euro aceitar perdas em alguns dos empréstimos a Atenas?

A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, afirmou ao chegar que a solução tem que ser "crível para a Grécia". O FMI afirma que a dívida só pode se tornar sustentável se os governos da zona do euro aceitarem perdas em alguns de seus empréstimos a Atenas, mas a Alemanha e seus aliados do norte europeu rejeitaram até agora a ideia.

Duas autoridades do Banco Central Europeu (BCE), o vice-presidente Vitor Constâncio e o membro do conselho executivo Joerg Asmussen, afirmaram que o perdão da dívida não está na agenda por enquanto. "Isso foi claramente falado. Não é uma opção. Todo o resto é rumor", disse Constâncio a repórteres em Berlim.

Até agora, as opções para redução de dívida sendo avaliadas incluem redução da taxa de juros sobre empréstimos bilaterais já prolongados à Grécia, ante o atual 1,5 ponto percentual acima dos custos de financiamento. França e Itália gostariam de reduzir a taxa para 0,30 ponto percentual, enquanto a Alemanha e alguns outros países insistem em uma margem de 0,90 ponto.

Outra opção, que reduziria a dívida grega em quase 17% do PIB, é adiar em dez anos os pagamentos de juros ao EFSF, fundo temporário de resgate. O BCE poderia abrir mão de lucros sobre seu portfólio de títulos gregos, comprados sob um forte desconto, reduzindo a dívida em mais 4,6% até 2020, mostrou um documento preparado para as negociações dos ministros na semana passada.

 

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