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27/11/2012 - 16h48

Soldado acusado de vazar documentos secretos se diz vítima de tortura

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O soldado norte-americano Bradley Manning, acusado de vazar dados secretos ao site WikiLeaks, deve depor nesta terça (27) no tribunal da base militar de Fort Meade sobre o caso pela primeira vez desde 2010.

Seus advogados argumentam que Manning foi ilegalmente punido durante seu confinamento por quase nove meses em uma cela da base militar de Quantico, na Virgínia, onde esteve após ser detido no Iraque.

De acordo com o advogado de Manning, David Coombs, durante sua passagem por Quantico, o soldado teve de se apresentar nu aos guardas fora de sua cela, foi proibido de fazer exercício físico e foi obrigado a responder verbalmente a cada cinco minutos para assegurar que não estava tentando o suicídio, entre outros procedimentos vexatórios.

Jose Luis Magana/Reuters
Apoiadores de Bradley Manning protestam do lado de fora da base de Fort Meade
Apoiadores de Bradley Manning protestam do lado de fora da base de Fort Meade

Devido ao tratamento recebido na base militar da Virgínia, a defesa pretende pedir a anulação de todas as acusações. Juízes militares podem invalidá-las caso as punições prejulgamento sejam duras demais, mas isso raramente acontece.

Uma corte militar de apelação já tomou decisão semelhante em um caso de 1956, por considerar que, antes de ser julgado, o soldado indiciado cumpriu trabalho forçado ao lado de um condenado.

ACUSAÇÃO

A acusação diz que Manning, 24, mandou centenas de milhares de documentos confidenciais das guerras do Afeganistão e do Iraque, além de mais de 250 mil telegramas diplomáticos, ao site WikiLeaks, especializado em publicar informações secretas, enquanto trabalhava como analista de inteligência em Bagdá, entre 2009 e 2010.

O soldado pode ser condenado à prisão perpétua, caso o tribunal o considere culpado por ajudar o inimigo, a mais grave das 22 acusações que enfrenta.

Um investigador da ONU denunciou o tratamento de Manning em Quantico como cruel, inumano e degradante, mas não mencionou tortura em seu depoimento.

 

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