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Europa aprova pacote de resgate de R$ 100 bi para os bancos espanhóis
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RODRIGO RUSSO
DE LONDRES
A União Europeia aprovou ontem os planos de reestruturação de quatro instituições bancárias da Espanha que precisaram ser nacionalizadas em razão da crise. Ao todo, os bancos receberão cerca de € 37 bilhões (R$ 100 bi).
Em troca disso, terão de se submeter a estritas condições impostas pelas autoridades de defesa da concorrência do bloco de 27 países. O Bankia, um dos maiores e mais afetados pela crise, precisará demitir cerca de 6.000 pessoas e receberá € 17,96 bilhões.
Dos outros três bancos que receberão recursos, apenas dois conseguirão se manter com autonomia no mercado: o Catalunya Banc e o Novagalicia, que deverão ser vendidos no futuro.
O Banco de Valencia, que terá injeção de capital de € 4,5 bilhões, será incorporado por outra instituição, a Caixabank.
Joaquín Almunia, vice-presidente da Comissão Europeia (braço executivo da União Europeia), afirmou que a aprovação dessa proposta é "um marco na aplicação do acordo entre o bloco e a Espanha)".
Ele avalia que, com a liberação dos recursos, os bancos voltarão a ser viáveis e sem necessidade de novos auxílios até 2017, quando a reestruturação termina.
Para isso, essas quatro instituições financeiras, que foram nacionalizadas para evitar que todo o setor entrasse em colapso, precisarão alterar suas estratégias de funcionamento.
Os bancos deverão se tornar menores, com redução média de 60% de seus ativos, e voltarão a atuar em suas regiões geográficas de origem. Não negociarão no mercado imobiliário, cuja bolha foi o estopim da crise no país, e suas redes de agências cairão pela metade.
Embora as autoridades em Bruxelas evitem dar cifras, o jornal "El País" estima que cerca de 10 mil pessoas perderão seus empregos nos quatro bancos, agravando ainda mais o desemprego na Espanha --o maior da zona do euro, acima dos 25%.
Quando questionado ontem sobre se a responsabilidade pelas demissões era do governo espanhol ou da União Europeia, Almunia se esquivou: "É daqueles que geriram mal as entidades".
Ainda de acordo com o plano, os bancos repassarão € 45 bilhões em ativos, majoritariamente ligados ao setor imobiliário, para a instituição financeira a ser criada pelo governo para concentrar os ativos tóxicos.
Os bancos também ficam proibidos de aquisição de outras entidades e precisam se desfazer de participação acionária em outras empresas.
A Comissão Europeia deve aprovar, antes do Natal, os planos da recapitalização dos outros bancos espanhóis que precisarão de seus recursos, mas que não foram nacionalizados.
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