PIB dos Estados Unidos cresce 2,7%, sete décimos acima do previsto

A atividade econômica dos Estados Unidos cresceu 2,7% no terceiro trimestre, índice sete décimos acima do previsto pelo governo, segundo dados divulgados pelo Departamento de Comércio nesta quinta-feira.

A cifra é a mais alta desde o último trimestre de 2011. De acordo com os cálculos do governo, o aumento da atividade econômica entre os meses de julho e setembro pode ser atribuído principalmente a cifras mais altas em inventários e exportações.

No trimestre anterior, o PIB do país cresceu a um ritmo anual de 1,3%. O informe sustenta ainda a política adotada pelo Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos), que vai seguir estimulando a economia para promover o crescimento da atividade econômica e a redução do desemprego. Os índices no país seguem acima dos 8%.

O gasto dos consumidores, que representa quase 70% da atividade econômica no país e que havia crescido 1,5% entre abril e junho, cresceu em 1,4% entre julho e setembro. Inicialmente, o Departamento de Comércio havia estimado um crescimento de 2% nesse índice.

Desde que os EUA saíram da recessão, em julho de 2009, o setor de manufaturas está a frente do aquecimento da economia que vem acontecendo de forma continua, porém, em ritmo lento para frear o desemprego.

A ameaça do abismo fiscal também impactou a economia: os consumidores estão mais cautelosos no começo da temporada de compras de final de ano e muitos empresários adiaram investimento em equipamentos, produção e contratação de novos empregados.

O chamado abismo fiscal é o enxugamento de US$ 600 bilhões em dinheiro público previsto para o ano que vem. Esse enxugamento é fruto de uma combinação entre a extinção, no final de 2012, de uma série de "alívios fiscais", na forma de impostos e tributos menores, e a entrada em vigor, no início de 2013, de novos cortes novos de gastos públicos federais.

Caso o enxugamento aconteça, é muito grande o risco de os EUA voltarem à recessão.