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05/12/2012 - 16h17

Reino Unido deve manter medidas de austeridade até 2018

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DA AFP, EM LONDRES

O Reino Unido ampliou as medidas de austeridade e revisou para baixo as previsões de crescimento para os próximos anos. O ministro britânico das Finanças, George Osborne, afirmou que o anúncio foi motivado por problemas econômicos "profundamente arraigados". "O Reino Unido está em um bom caminho e retroceder agora seria um desastre", disse, em tradicional discurso ao Parlamento.

Desde que o conservador David Cameron chegou ao poder, em maio de 2010, com a promessa de reduzir o enorme deficit antes do fim do mandato, em 2015, Osborne instaurou um severo e impopular programa de austeridade, que obrigou os britânicos a apertarem o cinto.

E a austeridade, que já havia sido prorrogada por dois anos, em 2011, durará agora ainda um ano mais, até o biênio 2017/2018, o que poderá aumentar ainda mais o mal-estar dos britânicos pelos cortes.

Reuters
O ministro britânico das Finanças, George Osborne, anuncia medidas de austeridade no Parlamento britânico
O ministro britânico das Finanças, George Osborne, anuncia medidas de austeridade no Parlamento britânico

Osborne afirmou aos legisladores que os novos cortes aconteceriam "equitativamente, com mais economias nos gastos públicos. "Sabemos que não há curas milagrosas, apenas o duro trabalho de cuidarmos de nosso deficit", disse o ministro.

O governo não cumprirá com a meta de reduzir a proporção entre a dívida e o PIB (Produto Interno Bruto) a partir de 2015/2016. Será preciso um ano mais para que o número baixe de 79,9% a 79,2%. "Resumindo, as condições econômicas mais severas significam que, enquanto se prevê que o deficit seguirá caindo, a dívida deverá levar quatro anos para começar a cair, contra três previstos anteriormente", afirmou.

Nesse contexto, o ministro anunciou uma revisão para baixo das previsões de crescimento para os próximos seis anos, começando por 2012, quando se espera uma contração da economia de 0,1%. A última previsão, feita em março, previa crescimento de 0,8%. Os novos números preveem crescimento progressivo até chegar a 2,7%, em 2017.

Osborne acredita, no entanto, que a economia britânica está se "recuperando mais rapidamente do que as de seus vizinhos". Entre as medidas concretas anunciadas por Osborne, figuram cortes nos orçamentos da maioria dos ministérios, a imposição de limites ao aumento de alguns subsídios abaixo da inflação, novas medidas para lutar contra a evasão fiscal que servirão para financiar infraestruturas, especialmente rodovias e escolas.

Para o porta-voz de assuntos econômicos do partido, Ed Balls, a declaração de Osborne revela "a verdadeira escala do fracasso deste governo". "Enquanto as famílias de classe média e baixa e os aposentados pagam o preço, os milionários recebem reduções de impostos."

 

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