Desemprego na Grécia chega a 26% em setembro, novo recorde

A taxa de desemprego na Grécia chegou a 26% em setembro, nível mais alto desde o início da série histórica, segundo relatório da Autoridade de Estatísticas Gregas, divulgado nesta quinta-feira.

Com isso, a Grécia possui a maior taxa da zona do euro e da União Europeia, seguida pela Espanha. O percentual de desempregados entre os 17 países da moeda única ficou em 11,7% em outubro, enquanto entre os 27 chegou a 10,7%.

A taxa aumentou 0,6 ponto percentual em relação a agosto e sete pontos em relação ao mesmo período do ano passado. Os jovens de 15 a 24 anos foram a faixa mais afetada, chegando a 56% da população total, enquanto os desocupados de 25 a 34 anos chegam a 34,3%.

As mulheres também são mais afetadas que os homens, com 30,9% contra 22,5%. Em setembro de 2008, antes do início da recessão, o país possuía taxa de desemprego geral de 7,5%.

A Grécia é o país mais afetado pela crise financeira na zona do euro. As intensas medidas de austeridade pedidas em troca de dois resgates financeiros minaram a economia do país, que está em recessão desde 2008.

No fim de novembro, a segunda parcela do resgate financeiro do Banco Central Europeu, da União Europeia e do FMI (Fundo Monetário Internacional) foi aprovada com um atraso de quatro meses e dias antes de o país entrar em moratória.

No entanto, os credores exigiram cortes de € 18 bilhões, especialmente em serviços sociais, como saúde e previdência, que geraram protestos de milhares de gregos.