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Irmandade Muçulmana diz que acabaram razões para protestos no Egito
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DA EFE, NO CAIRO
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A Irmandade Muçulmana afirmou neste domingo que não há mais motivos para protesto no Egito após o presidente Mohammed Mursi ter cancelado os decretos que aumentavam seu poder. No entanto, o mandatário manteve o referendo sobre a nova Constituição.
A medida não agradou à oposição, que convocou novos protestos para este domingo, indo novamente ao palácio presidencial. A Frente de Salvação Nacional, principal grupo político rival de Mursi, também chamou a uma reunião para avaliar o recuo do mandatário.
Em comunicado, o porta-voz da Irmandade, Mahmoud Gozlan, afirmou que, com o cancelamento dos decretos, "não há mais motivos para instigar o povo a participar de protestos nem para que haja mais divergências".
A entidade comemorou os resultados do diálogo nacional, boicotado pela oposição, e pediu respeito aos resultados do referendo constitucional agendado para o próximo sábado (15).
Para Gozlan, o o respaldo ou não ao referendo revelará ao povo egípcio "quem está a favor do bem do país e quem realiza certas agendas para servir a seus próprios interesses".
"Rejeitamos todo tipo de violência, que chegou ao ponto de incendiarem lojas, saqueá-las, matar jovens, ferir milhares de pessoas, e gerar o caos no país", assegurou Gozlan.
Ele se perguntou se a oposição aceitará o referendo ou "continuará com a política de se manifestar, ameaçar, destruir e incendiar".
PROTESTOS
O recuo de Mursi não agradou aos opositores, que esperavam o cancelamento de todas as medidas tomadas durante o período em que os decretos estiveram em vigência, entre 22 de novembro e ontem. Dentre elas, está a nomeação de um novo procurador-geral, que é recusada pela oposição.
Os manifestantes sairão de praças de mesquitas do Cairo e tentarão chegar ao palácio presidencial, onde se juntarão a um grupo que está acampado na região. A casa de governo está cercada pelo Exército.
Além da saída do atual procurador-geral, os adversários do governo querem a queda de todas as medidas determinadas pelos decretos de Mursi e o adiamento do referendo até que seja feita uma nova Constituição, que contemple as demandas liberais.
O texto final foi aprovado por uma Assembleia Constituinte praticamente composta apenas por islâmicos, após o boicote dos opositores, que dizem não se sentir representados no novo texto. A lei máxima inclui artigos que restringem liberdades e direitos.
A oposição protesta há três semanas contra os decretos de Mohammed Mursi, sendo que, na última semana, os atos ficaram mais violentos. Na quarta (5), seis pessoas morreram e mais de 700 ficaram feridas em confrontos entre islamitas e liberais em frente ao palácio presidencial.
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