Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
14/12/2012 - 20h52

Análise: Ryan Lanza e o perigo das notícias em tempo real

Publicidade

PATRÍCIA CAMPOS MELLO
DE SÃO PAULO

Instantes depois de ser noticiado o massacre em Newtown, vários sites na internet, entre eles Fox News, CNN, Buzzfeed e Gawker, passaram a divulgar a página no Facebook do suspeito, Ryan Lanza.

O perfil no Facebook mostrava um Ryan Lanza cuja cidade natal seria Newtown, Connecticut --onde ocorreram as 27 mortes-- e vivendo atualmente em Hoboken, New Jersey. As fotos do perfil do facebook foram veiculadas por diversas TVs e jornais americanos e no mundo.

Pouco tempo depois, surgiram "amigos" de Facebook de Lanza dizendo no Twitter que aquele não era o verdadeiro assassino, mas sim um homônimo. E reproduziam a página de Lanza com suas atualizações de status (que ele não poderia estar escrevendo se fosse o assassino, porque este morreu no massacre):

"Fuck you CNN, não fui eu"

"Cale a boca, todo mundo, não fui eu"

"Eu estou no ônibus indo para casa agora, não fui eu. NÃO FUI EU , EU ESTAVA NO TRABALHO"

Enquanto amigos comentavam:

"Arrume um advogado e processe todo mundo"

Horas depois, jornais passaram a noticiar que, na verdade, o assassino era Adam Lanza, irmão de Ryan. E que a polícia tinha se confundido ao divulgar os nomes.

Ryan estava sendo interrogado pela polícia em New Jersey, mas não era suspeito. Mas suas fotos, com a legenda --suspeito de massacre-- rodaram o mundo. Ah, o perigo das notícias em tempo real.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página