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Em Davos, líderes colocam ênfase no crescimento
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CLÓVIS ROSSI
ENVIADO ESPECIAL A DAVOS
O panorama econômico global traçado no encerramento do Fórum de Davos-2013 remete a uma célebre frase do presidente Emílio Médici, nos anos 70.
Depois de visitar o Nordeste sufocado pela seca, numa época de crescimento, ele disparou: "O país vai bem,o povo vai mal".
Frase parecida foi usada por Christine Lagarde, diretora do Fundo Monetário Internacional, que a ouvira de Guy Rider, seu colega da Organização Internacional do Trabalho: "A situação econômica melhorou, mas as pessoas só perceberão dentro de uns sete anos".
O crescimento é tão necessário e tão pouco presente que até Lagarde, chefe de uma instituição-guardiã da ortodoxia, pediu moderação com a austeridade.
Aliás, o encontro-2013 parece marcar um ponto de inflexão: a ênfase na austeridade, até agora forte, está sendo equilibrada pelo apelo ao crescimento.
O governo do Japão acaba de anunciar uma nova política, com ênfase no crescimento, batizada em Davos de "Abenomics" (de Shinzo Abe, novo premiê).
Já Ángel Gurría, secretário-geral da OCDE, cobrou atenção a agendas postas de lado nos cinco anos em que o mundo se concentrou em enfrentar a crise.
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