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28/01/2013 - 04h02

Livre-comércio divide cúpula no Chile

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SYLVIA COLOMBO
ENVIADA ESPECIAL A SANTIAGO

Apesar de pressões contrárias da Argentina e da Venezuela, a cúpula entre Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e UE (União Europeia) terminou ontem, em Santiago, com uma declaração em que se compromete a combater o protecionismo, incentivar investimentos estrangeiros e condenar embargos.

Enquanto a Venezuela tentou suavizar o texto no tocante à segurança jurídica dos investimentos locais, Cristina Kirchner esfriou o ânimo de integração.

Para a mandatária argentina, ainda há assimetrias entre os desenvolvimentos industriais da América Latina e da Europa que devem ser discutidas no Mercosul.

"Nada disso será possível enquanto não se reintegre o Paraguai [ao bloco]", disse, sugerindo esperar as eleições naquele país, em abril, para avaliar propostas de integração à Europa.

A Venezuela foi representada pelo vice-presidente, Nicolás Maduro. Ele leu uma mensagem "escrita de próprio punho" por Chávez e viu homenagem da cúpula ao líder venezuelano, que se recupera de cirurgia em Cuba.

A figura mais destacada no encontro foi a alemã Angela Merkel, que fez reuniões bilaterais com Brasil, Argentina e Chile. Ela pediu menos protecionismo e elogiou os bons índices econômicos chilenos.

A presidente brasileira Dilma Rousseff realizou três reuniões e uma conversa informal com outros líderes.

Com Enrique Peña Nieto (México), acordou um programa de colaboração entre a Pemex (Petroleos Mexicanos) e a Petrobras. Com Sebastián Piñera (Chile), assinou tratados nas áreas de educação, cultura e ciência. Com Merkel, tratou de temas econômicos.

Ela também manteve conversa informal com Cristina Kirchner. Dilma teria reuniões ontem com os chefes de Estado de Bolívia, Letônia e Argentina, mas elas foram canceladas pela presidente, que voltou ao Brasil, devido à tragédia em Santa Maria.

O encontro terminou com um discurso do anfitrião. Após pedir um minuto de silêncio pelas vítimas da tragédia na boate brasileira, Piñera lembrou que 43% dos investimentos estrangeiros na América Latina vêm da Europa.

Ele disse que a integração dos blocos é essencial para enfrentar o "paradoxo" vivido no planeta. "Ao mesmo tempo em que se escutam vozes de crise, recessão e desemprego, o mundo conhece uma revolução de conhecimento, informação e oportunidades."

 

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