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Senadores dos EUA fecham acordo para propor reforma migratória
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Um grupo bipartidário de senadores dos Estados Unidos fecharam um acordo para uma proposta de reforma migratória no país, que será anunciada na tarde desta segunda-feira, em entrevista coletiva no Congresso americano.
As medidas respondem ao aumento da influência dos latinos na política nacional e mostram uma cessão dos republicanos à questão dos imigrantes ilegais. Segundo os resultados finais da eleição de novembro, 71% dos chamados hispânicos votaram no presidente Barack Obama, que é democrata.
O projeto de oito senadores prevê que imigrantes ilegais sejam autorizados a fazerem os trâmites para pedir a residência permanente. Com isso, os estrangeiros deverão fazer o pedido ao governo e pagar uma multa pela invasão para conseguir a residência e a permissão para trabalhar.
Atualmente, os indocumentados são obrigados a esperar o fim do processo judicial pela entrada ilegal para poderem solicitar a residência. No período, eles são sujeitos à deportação, o que os separa de suas famílias e de filhos que já nasceram nos Estados Unidos.
Com a nova medida, pelo menos 11 milhões de pessoas poderão ter a sua situação regularizada. Cerca de 40% dos imigrantes que entraram ilegalmente aos Estados Unidos o fizeram com vistos de turistas, válidos por 90 dias.
SEGURANÇA
Porém, as medidas que vão facilitar o processo do visto permanente só serão autorizadas após o reforço da segurança nas fronteiras, com o aumento no número de agentes e aviões não tripulados que vigiam as áreas divisórias, em especial com o México.
O governo também deverá monitorar a situação dos imigrantes que possuem vistos vencidos. O projeto ainda prevê criar uma comissão de líderes políticos e comunitários para vigiar o cumprimento da segurança na fronteira e restrições aos benefícios públicos os ilegais que tramitam a legalização.
A proposta ainda será votada pelo Senado, de maioria democrata, para que depois seja enviada à Câmara, onde estão os republicanos. Caso confirmada, será a maior reforma migratória desde 1986, quando o presidente Ronald Reagan anistiou mais de 3 milhões de indocumentados.
Em setembro, o presidente Barack Obama autorizou a residência aos jovens estudantes que vieram quando crianças aos Estados Unidos, mesmo que seus pais continuem a ser imigrantes ilegais.
O grupo é formado pelos senadores republicanos John McCain, Jeff Flake, Lindsey Graham e Marco Rubio e os democratas Charles Schumer, Dick Durbin, Michael Bennet e Robert Menedez.
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