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28/01/2013 - 14h33

Vice lê carta de Chávez em cúpula de UE e América Latina no Chile

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, leu uma carta atribuída a Hugo Chávez aos integrantes da cúpula entre América Latina e União Europeia, em Santiago, no Chile, nesta segunda-feira. Na mensagem, o mandatário defendeu que Cuba liderasse o grupo de latinos.

Chávez está internado há 45 dias em um hospital de Havana após a operação contra um tumor, que tenta eliminar desde junho de 2011. Desde então, não faz aparições públicas e as poucas informações sobre seu estado de saúde são reveladas pelo governo venezuelano.

Antes de ler a mensagem, Maduro mostrou a assinatura da carta, que foi feita com uma caneta vermelha e é a mesma do presidente. O resto da carta, de 12 páginas, foi digitado. Na carta, o venezuelano lamentou não estar na cúpula.

"Eu sinto muito não poder estar nessa reunião, mas, como todos vocês sabem, desde dezembro eu luto mais uma vez pela minha saúde", que defendeu a posse de Cuba na presidência temporária da da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

"Os países da comunidade latina estão dizendo aos Estados Unidos com voz única que todas as tentativas de isolar cuba fracassaram e fracassarão. Esta nomeação é um ato de justiça após mais de 50 anos de resistência ao criminoso bloqueio imperial".

Além de criticar o embargo americano à ilha comunista, ele ainda reprovou o aumento da presença britânica nas ilhas Malvinas, reivindicadas pela Argentina. "Ambos os fatos violam todas as resoluções que emitiram a ONU. A Justiça está incontestavelmente do lado de Cuba e da Argentina".

Chávez acolheu e foi um dos principais artífices para a criação da Celac, em uma cúpula organizada em dezembro de 2011, em Caracas. A intenção era criar um paralelo à OEA (Organização dos Estados Americanos), que conta com a presença de Estados Unidos e Canadá.

CUBA

Em seguida, o ditador de Cuba, Raúl Castro, disse que está preocupado e teme pela saúde do venezuelano e criticou o que chamou de "campanha de descrédito" contra o governo venezuelano.

Apesar de ter delegado poder ao vice, Nicolás Maduro, com autorização da Assembleia Nacional, Chávez não tomou posse para o seu quarto mandato como presidente, que começou no dia 10. Ele foi empossado após decisão da Casa Legislativa e do Tribunal Supremo de Justiça, que reconheceram sua reeleição.

A decisão judicial causou insatisfação em setores da oposição, que consideraram o cargo vago por causa da internação de Chávez e pediram a posse do presidente da assembleia, Diosdado Cabello, e a convocação de novas eleições 30 dias após a data de posse.

Mesmo com o reconhecimento de adversários como o governador e ex-presidenciável Henrique Capriles, os opositores ainda apresentaram recurso à OEA (Organização dos Estados Americanos), que considerou a investidura legal.

 

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