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Bombas são disparadas contra sede militar em Damasco, na Síria
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Duas bombas foram disparadas nesta quinta-feira contra a sede do Estado-Maior da Síria, em Damasco, de acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado em Londres. A ação acontece quase três horas após um atentado à sede do partido do ditador Bashar Assad.
Atentado contra partido de ditador mata pelo menos 31 em Damasco
As duas ações não foram reivindicadas por nenhum grupo, mas acontecem em meio a uma ofensiva de rebeldes à capital síria. As ações são mais uma tentativa de derrubar o regime sírio, em um conflito que acontece há 23 meses.
Segundo o grupo ativista, dois morteiros foram disparados contra o prédio, mas ainda não há informações sobre mortos ou feridos. Na terça (19), um dos três palácios de Assad em Damasco, que fica no bairro de Tishrin, foi atingido por morteiros, mas também não deixou feridos.
Mais cedo nesta quinta, um atentado atingiu a sede do partido Baath, de Assad, no bairro de Mazraa, no centro da capital. Segundo informações do Observatório Sírio de Direitos Humanos, pelo menos 31 pessoas morreram e centenas ficaram feridas.
ALVO
O atentado acontece após dois dias de tentativas de grupos rebeldes em atingir alvos do regime na capital síria. Na quarta (20), os rebeldes tentaram atingir a sede do Baath no bairro de Tishrin, mas erraram o alvo e atacaram um hotel onde estava hospedado o time do Al Wathba, de Homs.
A equipe se preparava para sair do local quando foi atingida. Um jogador de 19 anos morreu e outros quatro ficaram feridos. O time do Al Wathba pertence à primeira divisão do futebol da Síria e disputaria nesta quarta contra o Al Nawair pelo campeonato nacional.
O torneio, que está na temporada 2012/2013, é disputado apenas em Damasco desde 2011, devido ao conflito armado entre o regime de Bashar Assad e opositores.
A capital Damasco começou a sofrer com as consequências da crise entre oposição e governo na Síria em julho, quando rebeldes fizeram um atentado que matou quatro integrantes da cúpula de Assad. Devido à violência, as aparições de Assad também ficaram cada vez mais raras.
Desde o início dos confrontos, em março de 2011, pelo menos 70 mil pessoas morreram na Síria, segundo a ONU (Organização das Nações Unidas). A entidade também afirma que mais de 5 milhões de pessoas precisam de ajuda humanitária, sendo 2 milhões de refugiados internos e 857 mil sírios que fugiram do país.
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