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Coreia do Sul afirma que não há sinais de iminente teste nuclear do Norte
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A Coreia do Sul informou nesta segunda-feira que não existem sinais de que a Coreia do Norte esteja preparando seu quarto teste nuclear, depois de anunciar poucas horas antes que a atividade era intensa na principal unidade atômica norte-coreana.
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"Há atividades, mas parecem ser atividades de rotina nas instalações de Punggye-ri, onde acontecem este tipo de teste", afirmou o porta-voz do ministério da Defesa, Kim Min-Seok.
O ministério da Unificação afirmou que outro teste não parece ser "iminente".
Mais cedo, o ministro da Unificação da Coreia do Sul, Ryoo Kihl-jae, havia afirmado na Assembleia Nacional (Parlamento) de Seul que era "muito provável" que a Coreia do Norte estivesse preparando um novo teste nuclear.
Embora o ministro não tenha dado detalhes para basear sua teoria, uma fonte do governo da Coreia do Sul citada pelo jornal "Joongang Ilbo" havia informado que recentes imagens de satélite monitoradas em Seul indicavam que o país vizinho estava realizando preparativos para seu quarto teste atômico.
"Há registro de atividades recentes de pessoas e veículos na base de Punggye-ri", disse o funcionário, que não quis se identificar. "Estamos monitorando, pois a situação é similar à vista anteriormente no terceiro teste nuclear."
O último teste nuclear norte-coreano ocorreu no dia 12 de fevereiro na base de Punggye-ri, no nordeste do país. O teste, terceiro depois dos realizados em 2006 e 2009, gerou uma onda de reprovações e uma série de novas sanções ao regime do ditador Kim Jong-un.
Mais cedo, no domingo, o governo da Coreia do Sul afirmou acreditar que o Norte pode executar um teste de lançamento de míssil ainda nesta semana.
Kim Jang-Soo, principal assessor de segurança nacional da presidente sul-coreana, Park Geun-Hye, disse que um teste de lançamento ou outra provocação pode acontecer. "Não há sinais de uma guerra em grande escala agora, mas o Norte terá que se preparar para executar represálias no caso de uma guerra local."
Diplomatas temem que a retórica tenha criado uma situação que possa sair do controle antes ou depois de 10 de abril, data que a Coreia do Norte sugeriu aos diplomatas para que abandonem Pyongyang.
Em um esforço para acalmar os ânimos na tensão entre os dois países, Washington adiou um teste do Minuteman 3 (míssil balístico intercontinental de ogivas nucleares) que seria disparado na próxima semana da base aérea de Vandenberg, na Califórnia.
Segundo uma fonte do governo americano, o secretário da Defesa Chuck Hagel decidiu remarcar o teste para uma data ainda não definida porque o lançamento poderia "ser mal interpretado por alguns como uma intenção de exacerbar a crise atual com a Coreia do Norte".
"Queremos evitar uma má interpretação ou manipulação", disse a fonte antes de completar, no entanto, que Washington está decidido a testar seus mísseis balísticos intercontinentais "para garantir um arsenal nuclear seguro e eficaz".
Além disso, Seul e Washington anularam uma importante reunião prevista para 16 de abril entre o general Martin Dempsey, comandante do Estado-Maior americano, e seu colega sul-coreano, o general Jung Seung-Jo.
A agência Yonhap destacou que a Coreia do Sul temia uma possível provocação norte-coreana na ausência do comandante das Forças Armadas.
"Ninguém deveria estar autorizado a precipitar o caos na região, e com mais razão ainda no mundo inteiro, por egoísmo", declarou o presidente chinês Xi Jinping, sem citar Coreia do Norte ou Estados Unidos.
DIPLOMATAS
Os diplomatas instalados em Pyongyang se reuniram no fim de semana para discutir sobre a advertência feita na sexta-feira pelo regime norte-coreano: não garantir a segurança das missões diplomáticas na capital a partir de 10 de abril.
A maioria dos governos estrangeiros afetados deram a entender que não têm a intenção de retirar os funcionários, incluindo os sete países da UE (União Europeia) presentes na Coreia do Norte (Alemanha, Reino Unido, Suécia, Polônia, Romênia, República Tcheca e Bulgária).
O ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, disse neste domingo (7) que uma data limite para garantir a segurança das embaixadas é "inaceitável".
Seu colega britânico, William Hague, afirmou que no momento não há necessidade de retirar os diplomatas do país. "Não vimos um reposicionamento de tropas nem um deslocamento de forças terrestres", disse à BBC. "Por este motivo é importante permanecermos tranquilos, mas também firmes e unidos."
Um porta-voz do ministério das Relações Exteriores chinês disse ter pedido a Pyongyang que garanta a segurança dos diplomatas chineses e ressaltou que a embaixada continua funcionando "normalmente".
A ONU (Organização das Nações Unidas) também não pretende retirar seus funcionários.
ESCALADA
A Coreia do Norte intensificou suas declarações bélicas desde que a ONU adotou novas sanções contra o país por um teste nuclear em fevereiro e expressou irritação com as manobras militares conjuntas de Estados Unidos e Coreia do Sul na região.
Pyongyang deslocou recentemente um segundo míssil de médio alcance para a costa leste, aumentando as especulações sobre a possível preparação de um lançamento.
O míssil norte-coreano Musudan tem alcance de 3.000 km e é capaz de atingir o Japão. Com uma carga leve, poderia viajar 4.000 km e, em tese, atingir Guam, ilha do Pacífico situada a 3.380 km da Coreia do Norte onde estão 6.000 soldados americanos.
A imprensa japonesa disse hoje que o ministro da Defesa do país, Itsunori Onodera, ordenará "em um ou dois dias" destruir qualquer míssil norte-coreano que siga para o arquipélago nipônico.
O acesso ao complexo industrial intercoreano de Kaesong, que virou uma peça chave na guerra de nervos entre os dois países, permaneceu fechado mais um dia neste domingo.
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