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09/04/2013 - 14h05

Casa Branca qualifica ameaça norte-coreana de 'retórica inútil'

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, disse nesta terça-feira que o governo americano considera "retórica inútil" a declaração dada mais cedo pelo regime norte-coreano aconselhando aos estrangeiros que moram na Coreia do Sul que considerem deixar o país, dado o risco de que haja uma "guerra termonuclear".

"Caso haja uma guerra, não queremos que estrangeiros que vivem na Coreia do Sul sejam feridos", disse o Comitê norte-coreano para a Paz na Ásia Pacífico por meio de um comunicado divulgado pela agência oficial de notícias, KNCA.

"Todas as organizações internacionais, empresas e turistas que se preparem para medidas de evacuação", acrescentou.

O pedido de saída dos estrangeiros da Coreia do Sul é feito quatro dias depois da recomendação da retirada dos corpos diplomáticos que estão em Pyongyang. O país comunista deu como prazo o dia 10, afirmando que não garantirão proteção das delegações.

A maioria dos países, como Reino Unido, Rússia, Alemanha e Brasil, disse que ficaria na Coreia do Norte por enquanto e exigiram que o regime comunista garanta a segurança dos diplomatas, como dita a Convenção de Viena.

ESCALADA

Há várias semanas, a Coreia do Norte faz ameaças de guerra nuclear como resposta às sanções da ONU (Organização das Nações Unidas) por um novo teste nuclear do país em fevereiro e pelas manobras militares que Estados Unidos e Coreia do Sul executam na península.

Uma fonte do governo sul-coreano confirmou na sexta-feira passada que a Coreia do Norte transportou de trem, no início da semana passada, dois mísseis Musudan de médio alcance para a costa leste do país, onde foram instalados em veículos equipados com dispositivo de tiro.

O Musudan tem alcance de 3.000 km, uma capacidade de atingir a Coreia do Sul ou Japão. Se transportar uma carga leve, pode alcançar 4.000 km e, em tese, chegar a Guam, uma ilha do Pacífico a 3.380 km da Coreia do Norte onde estão 6.000 soldados americanos.

O Japão informou nesta terça-feira que posicionou mísseis Patriot no centro de Tóquio para enfrentar qualquer disparo que ameace o país. Outras baterias antimísseis também serão instaladas na ilha de Okinawa (sul).

A China, poderoso aliado da Coreia do Norte --que também votou a favor das sanções contra o regime norte-coreano-- pediu nos últimos dias o fim da escalada de tensões na península.

COMPLEXO INDUSTRIAL

Ontem (8), Pyongyang retirou 53.000 norte-coreanos que trabalham no polo industrial binacional de Kaesong. O complexo industrial fica na Coreia do Norte, a 10 km da fronteira com o Sul.

Desde quarta-feira, o Norte proibia o acesso a Kaesong dos funcionários sul-coreanos e dos caminhões de abastecimento. Treze das 123 empresas sul-coreanas presentes no polo interromperam a produção por falta de matérias-primas.

Importante fonte de divisas estrangeiras para a Coreia do Norte, Kaesong sempre permaneceu aberto, apesar das repetidas crises na península, com exceção de apenas um dia, em 2009. Na ocasião, Pyongyang bloqueou o acesso para protestar contra as manobras militares conjuntas entre Estados Unidos e Coreia do Sul.

 

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