Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/04/2013 - 08h43

Lançamento de míssil norte-coreano seria um grande erro, diz Kerry

Publicidade

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O secretário americano de Estado, John Kerry, indicou nesta sexta-feira que o líder norte-coreano, Kim Jong-un, cometerá um grande erro se continuar com seus supostos planos de disparar um míssil.

"Se Kim Jong-un decidir lançar um míssil, seja sobre o mar do Japão ou em qualquer outra direção, estará escolhendo obstinadamente ignorar toda a comunidade internacional", disse Kerry aos jornalistas em Seul.

"Será um grande erro de sua parte, já que isolará ainda mais o país", disse Kerry, acrescentando que os norte-coreanos querem alimentos, não um "líder que mostre seus músculos".

"Kim Jong-un precisa entender, como eu acho que ele provavelmente entende, qual seria o resultado de um conflito", disse Kerry.

"Nossa esperança é de que possamos voltar às negociações".

Kerry, chegou nesta sexta-feira a Seul para se reunir com as autoridades sul-coreanas, em um ambiente marcado pela tensão após contínuas ameaças de guerra e de um possível teste de mísseis por parte da Coreia do Norte.

Em sua primeira visita à Coreia do Sul como secretário de Estado, Kerry também viajará nos próximos dias à China e ao Japão em uma aparente tentativa de obter compromissos para pressionar Pyongyang a fim de abandonar suas hostilidades e garantir a estabilidade na península coreana.

O responsável pela diplomacia americana abordará hoje com seu colega sul-coreano, Yun Byung-se, com quem já se reuniu em Washington no início do mês, a situação de crise atual na península coreana. Também está agendado um breve encontro de Kerry com a presidente do país, Park Geun-hye.

Paul J. Richards/Reuters
Secretário de Estado americano, John Kerry (à esq.) e o chanceler Yun Byung-se durante encontro em Seul
Secretário de Estado americano, John Kerry (à esq.) e o chanceler Yun Byung-se durante encontro em Seul

EXPECTATIVAS

Espera-se que Kerry pressione a Coreia do Norte a abandonar suas hostilidades, enquanto tentará fazer com que a China, tradicional aliada de Pyongyang, exerça influência sobre seu parceiro comunista para acalmar a tensão.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, exigiu ontem à Coreia do Norte que ponha fim a sua "postura beligerante" e ressaltou que Washington está disposto a tomar "todas as medidas necessárias" para proteger o país e seus aliados na região.

A Coreia do Norte mantém desde o princípio de março uma prolongada e intensa campanha de ameaças contra Seul e Washington, cujos Exércitos se encontram em alerta elevado perante a possibilidade de um teste de mísseis do país comunista, que pode acontecer a qualquer momento, segundo fontes de inteligência.

OTAN

O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, em Seul desde a última quinta, também se reuniu com o ministro das Relações Exteriores sul-coreano.

Yun e Rasmussen concordaram que os indícios indicam um iminente teste de mísseis norte-coreano e destacaram que o país comunista deve pôr fim a sua retórica belicista e suas ações provocadoras, informou a agência sul-coreana "Yonhap".

Rasmussen pediu que a Coreia do Norte pare com as provocações e disse que elas representam uma ameaça à paz, à segurança e à estabilidade regional e internacional.

A visita de Rasmussen é a primeira de um líder da OTAN a Coreia do Sul.

JAPÃO

Coreia do Norte ameaçou nesta sexta o Japão com represálias nucleares caso o país se envolva de alguma forma em um eventual conflito na península coreana.

A agência oficial norte-coreana, KCNA, classificou de provocadoras as declarações de Tóquio dizendo que poderia interceptar um míssil lançado por Pyongyang e advertiu que isto poderia deixar o Japão envolvido "em chamas nucleares".

Um porta-voz do ministério da Defesa japonês afirmou nesta sexta-feira que o Japão está pronto para responder a qualquer tipo de cenário, após as novas ameaças da Coreia do Norte contra o arquipélago designado como o primeiro alvo de um eventual ataque nuclear.

"Tudo o que podemos dizer é que vamos tomar todas as medidas possíveis para responder a qualquer tipo de cenário",

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página