No poder desde 1999, Chávez tentará manter sua hegemonia no Parlamento
O presidente venezuelano Hugo Chávez, que está no poder desde 1999, coloca sua revolução bolivariana à prova neste domingo com as eleições parlamentares. Em jogo, estão as 165 cadeiras da Assembleia Nacional, dominada pelo chavismo desde 2005 e cujo controle é crucial para o futuro do processo de mudanças socialistas no país.
Chávez transformou a renovação da Assembleia Nacional em um plebiscito sobre sua futura candidatura à reeleição, em 2012, percorrendo vários Estados do país em caravanas que foram seguidas por milhares de simpatizantes. Ele disse ainda esperar um "nocaute" da oposição, que não participou das legislativas de 2005 alegando irregularidades no processo.
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Veja cronologia das eleições venezuelanas sobre o governo Chávez
6 de dezembro de 1998: Chávez ganha as eleições presidenciais com 56,2% dos votos. Assume a Presidência em 2 de fevereiro de 1999.
15 de dezembro de 1999: Venezuelanos aprovam em referendo a nova Constituição Bolivariana, em um dia em que até 50 mil pessoas morrem por causa de fortes chuvas nos litoral do país.
30 de julho de 2000: Chávez ganha com 59% dos votos as eleições presidenciais convocadas para legitimar os cargos públicos no âmbito da nova Constituição. Os "chavistas" passam a controlar ainda a Assembleia Nacional (Congresso) e mais municípios e Estados.
15 de agosto de 2004: Chávez ganha referendo revogatório com 59% dos votos, contra 40% de seus adversários, e é ratificado no cargo. O referendo revogatório foi convocado após coleta de assinaturas regulamentares da oposição, depois do golpe de 2002, no qual o presidente foi derrubado durante 48 horas, e de uma greve geral que no início de 2003 paralisou o país.
31 de outubro de 2004: São realizadas eleições regionais que dão vitória aos candidatos governistas em 20 dos 22 Estados do país que participam do pleito.
7 agosto de 2005: A candidatura unificada governista UVE obtém vitória majoritária nas eleições municipais.
4 dezembro de 2005: São realizadas eleições legislativas, sem a participação da oposição, e os partidários de Chávez ficam com as 167 cadeiras da Assembleia Nacional, em processo de votação que registrou uma abstenção superior a 70%, segundo dados oficiais.
3 de dezembro de 2006: Chávez ganha as eleições para o período 2007-2013 com mais de 62% dos votos, em processo marcado pela tranquilidade e uma participação popular superior a 75%, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
2 de dezembro de 2007: Primeira parte da reforma constitucional impulsionada por Chávez é rejeitada por 50,7% dos venezuelanos. O projeto do líder incluía, entre outras propostas, a reeleição presidencial ilimitada. O "sim" recebe o voto de 49,29% dos venezuelanos.
Um segundo pacote é rejeitado por 51,05% do eleitorado, contra 48,94% que o apoiam, segundo o CNE, que aponta abstenção de 44,9%.
23 de novembro de 2008: Acontecem as eleições regionais, nas quais o PSUV elege 18 dos 23 governadores e 80% dos prefeitos. No entanto, a oposição vence nos principais Estados.
15 fevereiro de 2010: Referendo aprova a reeleição ilimitada, o que abre caminho para que Chávez se candidate novamente em 2012.
26 de setembro de 2010: Eleições parlamentares, nas quais governo e oposição disputam as 165 cadeiras da Assembleia Nacional.
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