Ex-guerrilheira de Baader-Meinhof começa a ser julgada na Alemanha
O último grande julgamento de uma guerrilheira da Fração do Exército Vermelho, Verena Becker, de 58 anos, começou nesta quinta-feira na cidade de Stuttgart, no sudoeste da Alemanha -- 33 anos depois que os militantes assassinaram um promotor federal.
Becker, uma líder do grupo esquerdista também conhecido como o grupo Baader-Meinhof, foi indiciada por participar do assassinato a tiros em 1977 do promotor federal Siegfried Buback -- um dos ataques mais surpreendentes da época.
Buback, uma das vítimas mais importantes do grupo, foi abordado por duas pessoas em uma moto quando seu carro parou em um semáforo em Karlsruhe, no dia 7 de abril de 1977. Os assassinos fugiram em um veículo dirigido por um terceiro militante.
Três membros do grupo foram condenados a longas penas na prisão pelos assassinatos, mas autoridades nunca conseguiram encontrar aqueles que deram os tiros, pois os integrantes se recusam a falar.
Promotores disseram que não há provas sugerindo que Becker teria atirado contra Buback, mas disseram que seu DNA foi encontrado em envelopes de cartas enviadas por militantes às autoridades, assumindo responsabilidade pelos assassinatos. Posteriormente, uma busca realizada em seu apartamento encontrou novas provas ligando-a ao crime.
Becker foi detida depois de uma tiroteio com a polícia dois meses após o assassinato. Autoridades investigaram sua ligação ao crime na época, mas arquivaram o caso em 1980 por causa da falta de provas.
Ela foi perdoada por crimes anteriores em 1989 pelo ex-presidente Richard von Weizsaecker. O grupo se desmantelou em 1998.
O julgamento deve durar até dezembro.
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