Defensores do Pussy Riot são presos em manifestação na Rússia
Dez pessoas foram detidas nesta sexta-feira (8) em Moscou durante manifestação em frente ao prédio do serviço penitenciário russo. Ativistas, atores e escritores exigiam a libertação de duas integrantes do grupo Pussy Riot, condenadas a dois anos de prisão por fazerem um vídeo na Catedral Ortodoxa contra o presidente Vladimir Putin.
Após um ano, integrante da Pussy Riot diz não se arrepender de vídeo
Aproveitando o Dia Internacional da Mulher, cerca de 50 manifestantes desafiaram o intenso frio para passar, um a um, diante do edifício com cartazes de apoio a Maria Alyokhina, 24, e Nadezhda Tolokonnikova, 23.
Terceiro membro da banda, Yekaterina Samutsevich, 30, participou do protesto. Ela foi condenada em agosto por vandalismo agravado por ódio religioso, mas foi liberada em outubro, porque os juízes consideraram que não participou totalmente da gravação, por ter sido presa só 15 segundos antes de tocar.
A popstar Madonna e a maior figura progressista de Mianmar, Aung San Suu Kyi, já se manifestaram a favor da liberdade do Pussy Riot.
Questionado na quinta-feira se as duas conseguiriam condicional, Putin se esquivou e disse que há procedimentos e uma legislação a ser seguida. Em outubro, o presidente russo Putin afirmou em entrevista ao canal NTV: "Elas quiseram isso, conseguiram."
'ORAÇÃO'
As três foram condenadas em 17 de agosto a dois anos de prisão por vandalismo motivado por ódio religioso por cantar na catedral de Moscou, em 22 de fevereiro.
As integrantes subiram no altar para tocar uma música que era uma "oração" contra Putin e pedia à Nossa Senhora que livrasse a Rússia do presidente, que controla o país alternando cargos desde 2000.
O julgamento das Pussy Riot recebeu amplas críticas no exterior e a sentença emitida foi classificada de "desproporcional". Elas receberam o apoio de diversas personalidades internacionais, como Paul McCartney, Madonna, Sting e Yoko Ono, a viúva de John Lennon.
Outras manifestações foram realizadas em várias capitais europeias para denunciar o processo, de Paris a Bruxelas, passando por Londres e Barcelona.
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