Obama visita Cisjordânia e é recebido com protestos de palestinos
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi recebido nesta quinta-feira pelo presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, com quem deverá discutir o processo de paz com Israel. A visita foi marcada por protestos perto da sede do governo palestino, na Cisjordânia.
Obama chegou a Ramallah de helicóptero e desceu em uma área próxima à esplanada da Muqataa, a sede da ANP, com forte esquema de segurança que incluiu o isolamento da região. Porém, cerca de 150 palestinos protestaram contra a presença do americano, considerado "persona non grata".
Além de Abbas, o americano foi cumprimentado pelo chefe de governo palestino, Salam Fayyad, os membros do Conselho de Ministros e outros altos funcionários. O clima foi de seriedade, a diferença da visita em Israel, em que Obama brincou e sorriu com o presidente Shimon Peres e o premiê Binyamin Netanyahu.
Os dois passaram em revista às tropas e se reuniram em um almoço de trabalho. Mais tarde, deverá ser feita uma entrevista coletiva.
A cerimônia foi transmitida ao vivo pela televisão oficial da Autoridade Nacional Palestina (ANP), que governa na Cisjordânia. No entanto, a visita não foi transmitida na faixa de Gaza, que é governada pelo grupo radical Hamas, opositor às negociações com os Estados Unidos.
Em comunicado, o primeiro-ministro de Gaza, Ismail Haniyeh, disse que não espera "nenhum resultado desta visita". "Não esperamos que Obama vá mudar a equação política no terreno. Não acreditamos que a política americana vá pôr fim à ocupação israelense".
Horas antes da visita à Cisjordânia, dois foguetes vindos de Gaza caíram na cidade de Siderot, no sul de Israel, sem deixar feridos. A região não será visitada por Obama desta vez, mas o americano esteve na cidade em 2008, durante a campanha eleitoral para seu primeiro mandato.
A expectativa é que a reunião seja pouco conclusiva em relação ao processo de paz com Israel. Os palestinos acusam os Estados Unidos de minimizar a formação de um Estado palestino. Também não deve haver decisão sobre as colônias de Israel na região, que impedem a construção de um território contínuo aos palestinos.
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