Venezuela ordena militarização do setor elétrico por 90 dias
O governo da Venezuela anunciou nesta terça-feira a militarização das instalações elétricas do país e a vigência de um decreto de emergência do sistema e dos serviços elétricos do país por 90 dias.
O decreto --publicado no Diário Oficial-- ordenou a empresa estatal de energia Corpolec a adotar todas as medidas "técnicas e econômicas" necessárias para manter os serviços de eletricidade e autorizou as Forças Armadas a proteger importantes instalações contra "vandalismo e ataques".
O anúncio foi feito pelo vice-presidente, Jorge Arreaza.
O governo também deve acelerar os trabalhos em infraestrutura e a importação de equipamentos necessários para evitar cortes no fornecimento de energia.
Acompanhado do ministro de Energia Elétrica, Jesse Chacón, e do chefe do Comando Estratégico Operacional da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), Wilmer Barrientos, o vice-presidente disse que a aplicação das medidas será "implacável", para evitar sabotagens no setor.
Autoridades atribuíram blecautes periódicos a sabotagem e ao consumo excessivo, enquanto críticos dizem que o setor está sofrendo de gestão ruim e ineficiência, após a nacionalização do setor pelo líder socialista Hugo Chávez.
Maduro, que venceu eleições neste mês para suceder o seu ex-mentor Chávez, prometeu um governo de "eficiência" para enfrentar problemas cotidianos de falta de energia que atingem a nação sul-americana de 29 milhões de habitantes.
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